Da Redação
Em assembleia realizada no início da tarde desta sexta-feira (20), em São Leopoldo, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) decidiu manter a greve iniciada em novembro, mas encaminhou a possibilidade de suspendê-la até o restante dos projetos do pacote de reforma administrativa do governo Eduardo Leite (PSDB) serem votados na Assembleia Legislativa. A proposta aprovada coloca como condicionante para a suspensão da greve a negociação com o governo sobre o corte no ponto e a recuperação das aulas. A categoria deliberou que, se o governador insistir no desconto dos dias parados, a greve continuará.
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A decisão de suspensão da greve em caso de garantia de pagamento dos dias parados foi a posição defendida pela direção do sindicato diante do fato de que o governo conseguiu aprovar a reforma da Previdência dos servidores civis do Rio Grande do Sul e retirou a urgência dos demais projetos, o que faz com que não haja previsão de quando eles deverão ser votados.
Na fala que sucedeu a votação, a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer, defendeu que os professores não teriam condições de ficar sem receber os salários de dezembro e janeiro enquanto o governo aguarda para definir quando colocará os projetos em votação, o que pode não acontecer em janeiro, como é esperado.
Além disso, defendeu que a categoria seguirá mobilizada, realizando ações e pronta para retomar a greve quando os projetos voltarem à pauta de votações do parlamento gaúcho. Uma nova assembleia do Cpers será convocada assim que isso ocorrer.
Ainda faltam ser votados os projetos que alteram o plano de carreira do magistério, que retiram os avanços temporais de todos os servidores estaduais, entre outras matérias que afetam os professores.