Da Redação
Dirigentes nacionais do PSOL lançaram na terça-feira (16) uma nota expondo seu desacordo com as alianças feitas entre o candidato do PSOL à prefeitura de Macapá, Clécio Luís, e o deputado federal Davi Alcolumbre (DEM) no segundo turno das eleições. Publicada no site oficial de Luciana Genro (PSOL) nesta quinta-feira (18), a nota celebra a “vitória política indiscutível” do partido em 2012, reiterando a eleição de um prefeito em Itaocara, RJ, a chegada ao segundo turno em duas capitais – Belém e Macapá – o aumento expressivo da bancada de vereadores. Os dirigentes se declaram “surpreendidos” pela declaração de apoio do candidato do DEM à prefeitura de Macapá, da coligação “Macapá Melhor” (DEM-PTB-PSDB-PRP), ao candidato do PSOL.
O texto reproduz informações divulgadas na imprensa do município – e posteriormente confirmados por Clécio Luís – de que as propostas do candidato do DEM teriam sido incorporadas ao plano de governo da candidatura do PSOL. Os dirigentes afirmam na nota que “o PSOL de todo o país (…) não merece uma agressão como esta que está sendo feita contra ele.”
“É evidente que a candidatura a prefeito de um deputado federal do DEM, apoiada por DEM, PTB e PSDB, só pode ser uma candidatura de direita, da qual não devemos buscar o apoio, e com a qual, muito menos, podemos fazer qualquer aliança programática”, escreveram os membros do PSOL.
Dentre os 34 nomes que assinaram a carta estão a vereadora de Porto Alegre Fernanda Melchionna, o candidato à prefeitura de Porto Alegre Roberto Robaina, e o prefeito eleito de Itaocara-RJ, Gelsimar Gonzaga. Em nota, os membros do partido pediram que o presidente do PSOL, Ivan Valente, se pronuncie sobre o assunto e informaram que, caso a Executiva Nacional não seja convocada para deliberar, “os signatários desta nota utilizarão os meios estatuários para garantir a defesa do partido”.
Presidente nacional do PSOL se manifestou no Twitter
O presidente nacional do PSOL, Ivan Valente, escreveu em seu Twitter oficial, nesta quarta-feira (17), que a decisão de formar aliança com o candidato do DEM “não contou com o conhecimento ou anuência da Direção Nacional do PSOL” e que a direção não guarda identidade, política ou programática, com o DEM, o PSDB e/ou o PTB.
Valente lembrou que o candidato Clécio declarou que o apoio “não implica em qualquer rebaixamento programático, aliança eleitoral ou composição de governo”. O presidente do partido anunciou ainda que a Direção Nacional do PSOL ferá um balanço de todo o processo eleitoral.
Confira aqui a carta completa dos dirigentes do PSOL.