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4 de março de 2011
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17:27

Segundo o WikiLeaks, secretário teria garantido que governador Alckmin é da Opus Dei

Por
Sul 21
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Rui Felten

Um telegrama obtido pelo WikiLeaks revelou que o secretário de Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB), teria dito a diplomatas americanos que o governador Geraldo Alckmin (do mesmo partido) faria parte da Opus Dei — a instituição católica ultraconservadora fundada por São Josemaria Escrivá. A conversa teria se dado em 14 de junho de 2006, quando Alckmin foi candidato a presidente da República e Matarazzo era secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (04) pela Folha de S.Paulo. O jornal afirma que procurou Matarazzo, mas este negou o conteúdo do telegrama. Disse também que não se recorda do encontro com diplomatas naquela ocasião. Conforme o telegrama, o então secretário municipal teria descrito Alckmin como um “católico conservador”, pertencente à Opus Dei.

Matarazzo é ligado a José Serra e teria afirmado também que o PSDB não estava fortemente unido em torno de Alckmin, embora fosse manifestado o contrário em público. “Aos 64 anos, Serra sabe que, se Alckmin vencer, suas chances de chegar à Presidência acabam”, diria o texto. Outra afirmação seria de que Serra não se empenharia na campanha de Alckmin ao governo de São Paulo e que Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso tomariam parte, mas “sem nenhum entusiasmo”.

Alckmin sempre negou fazer parte da Opus Dei – que, em latim, significa Obra de Deus. Segundo a Folha de S.Paulo, o governador não quis falar sobre o telegrama e o suposto diálogo de Matarazzo com os diplomatas.


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