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16 de setembro de 2010
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22:59

Justiça nega pedido e Polícia Civil encerra investigações do Caso Banrisul

Por
Sul 21
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Igor Natusch

A Delegacia Fazendária do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) teve negado pela Justiça o acesso a dados sigilosos da Operação Mercari, que apura denúncias de desvio de verbas de marketing do Banrisul. Sem poder dar prosseguimento ao inquérito, a Polícia Civil foi forçada a encerrar as investigações sobre o caso. A decisão foi anunciada na tarde de hoje (16) pelo delegado titular do DEIC, Rodrigo Bozzetto. Com isso, a apuração dos indícios de desvio de recursos publicitários fica nas mãos do Ministério Público Estadual.

O inquérito paralelo foi instaurado com a alegação de que alguns dos crimes investigados pela Operação seriam de competência estadual, além de envolverem setores do governo do estado. A posição refletia declarações dadas pela governadora Yeda Crusius (PSDB) quando da prisão de quatro suspeitos, ocorrida no começo do mês. No Twitter, a governadora criticou as investigações, bem como a maneira como o superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, conduziu a divulgação de informações sobre o caso. “Ô Gaspareto, nestas alturas do jogo, comparar essa operação com a Rodin, ressuscitar o que já está enterrado? Não tente confundir a cabeça das pessoas na sua posição de chefe da PF”, atacou Yeda no microblog.

A Operação Mercari investiga o superfaturamento de contas publicitárias do Banrisul, que estariam entregues às agências SLM e DCS. O superintendente de marketing do Banrisul, Walney Fehlberg, teve sua demissão confirmada pela diretoria do banco nesta quarta-feira (15). O novo superintendente, em caráter interino, é o funcionário de carreira Ildo Musskopf. Além de Fehlberg, foram detidos no começo do mês os publicitários Armando D’Elia Neto (da DCS) e Gilson Storck (da SLM), além do empresário Davi Antunes de Oliveira, apontado pela força-tarefa como operador do esquema. Os orçamentos aprovados seriam repassados para empresas ligadas a Oliveira, que as controlaria por meio de “laranjas”. Essas empresas fariam uma “quarteirização” dos serviços, que acabariam sendo executados por valores muito inferiores aos originalmente pagos pelo banco para sua realização. Os quatros foram soltos e aguardam em liberdade pelos desdobramentos.


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