https://www.youtube.com/watch?v=r6vaLQn2zOU
Da Redação*
Duas entidades norte-americanas – American Civil Liberties Union e a Children’s Law Center – entraram com processo federal contra os dois policiais que aparecem em um vídeo assediando moralmente um garoto de 8 anos algemado pelos braços. A criança – que pesa cerca de 25 kg – aparece chorando e dizendo que as algemas o machucam, enquanto o policial avisa: “você pode fazer o que pedimos ou pode sofrer as consequências”. O vídeo postado no Facebook já passou de 4 mil compartilhamentos.
De acordo com informações do site The Free Thought Project, duas crianças foram algemadas pelo xerife, em uma sala da escola de ensino fundamental, como forma de punição por mau comportamento. Os dois foram diagnosticados com necessidades especiais. O site diz ainda: “O que faz desse caso ainda mais tocante é que a criança [que aparece no vídeo] tem um histórico de traumas e foi diagnosticada com hiperatividade e déficit de atenção”. A outra criança, que não aparece no vídeo, seria uma menina.
O caso não é exceção nos Estados Unidos. Histórias de crianças com autismo ou deficiência mental sendo imobilizadas e algemadas pela polícia estão sempre vindo a tona. De acordo com o Departamento de Educação dos Estados Unidos, estudantes com necessidades especiais correspondem a 12% dos alunos das escolas públicas. Ainda assim, representam 75% dos estudantes detidos fisicamente por adultos dentro das escolas.
Em um dos casos mais polêmicos, outro menino de 8 anos, autista, foi algemado, levado para a cadeia, onde permaneceu por horas em uma cela com camisa de força. Ele havia se recusado a obedecer um professor em sala de aula e a escola chamou a polícia para contê-lo. Depois de liberado, o garoto foi denunciado por atacar um policial e teve de permanecer sob supervisão.
Em nota divulgada pela American Civil Liberties Union, a entidade lembra: “Essas práticas de disciplina alimentam o encanamento ‘escola-para-prisão’, onde crianças são filtradas das escolas públicas direto para o sistema de justiça criminal. Muitas destas crianças têm necessidades especiais, no entanto, ao invés de receberem educação e serviços de aconselhamento, elas são frequentemente punidas e empurradas para fora”.
*Com informações do site The Free Thought Project
