Opinião
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8 de março de 2022
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07:17

Dia Internacional da Mulher (por SENGE-RS)

Desigualdade de gênero: há um longo caminho ainda há percorrer. (Foto: Kazunori Shiina)
Desigualdade de gênero: há um longo caminho ainda há percorrer. (Foto: Kazunori Shiina)

SENGE-RS (*)

Instituído pela ONU em 1975 para celebrar lutas e conquistas de trabalhadoras de todo o mundo, o Dia Internacional da Mulher se transformou numa data referencial apontando para uma imensa pauta que ainda se mantém aberta.

Hoje, é impossível ignorar os séculos e séculos nos quais a sociedade ocidental neutralizou a importância vital das mulheres no contexto social, humano, ambiental e econômico. Conceitos como o da liberdade, da igualdade de oportunidades, dos direitos à saúde, à proteção dos filhos, defesa contra a violência, participação política, entre outros, embora circulem também em diversas outras agendas mundo afora, adquirem, na questão dos direitos da mulher, uma conotação própria não menos urgente.

 No Brasil, os chamados avanços até aqui alcançados ilustram exatamente as lacunas ainda a serem preenchidas. O árduo trabalho realizado por lideranças, ONGs, órgãos governamentais, poder judiciário, por diferentes segmentos sociais, e claro, pelo esforço descomunal e diário das mulheres brasileiras, precisa ser ainda mais ouvido, entendido, valorizado, apoiado, financiado, compartilhado e, acima de tudo, respeitado.

Cada cidadão ou cidadã tem sua parcela de responsabilidade e contribuição para a resolução adequada do problema, tamanha sua complexidade. O que parece fundamental é que esta pauta flua em cenário de amplas liberdades democráticas, como comprovam os resultados alcançados em nações em que o respeito à democracia, há muito tempo, é de fato praticado.

O Movimento Sindical Brasileiro não está excluído do quadro geral de responsabilidades. A defesa da igualdade de salários, ocupação de cargos, maternidade, proteção contra o assédio moral, entre outros pontos, precisam prevalecer nas negociações coletivas e continuar avançando, já que, infelizmente, temos ainda longo caminho a percorrer.

Perto de completar 80 anos de fundação, o Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul alinha-se à mentalidade inovadora das relações sociais e dos Direitos Humanos. Buscamos a cada dia fazer a nossa parte, com a participação ativa de engenheiras e engenheiros de todas as áreas. Nos orgulha termos, atualmente, 25% dos cargos das diversas instâncias da diretoria, ocupados por mulheres, percentual que pode e deve ser aumentado. Também é de destacar que 79% do nosso quadro de funcionários é composto por mulheres. Além disso, criamos no SENGE-RS o grupo Mulheres na Engenharia, cujo objetivo é assumir o protagonismo nas discussões e alinhamento de ações.  No entanto, deve-se ressaltar a baixa participação histórica das mulheres nos cursos de Engenharia, situação que, ao que aparece, está sendo revertida com a expressiva ampliação da parcela feminina nos últimos anos, não só no acesso aos cursos como também na titulação.

O SENGE-RS está fazendo e continuará fazendo a sua parte. Conclamamos a todos para que mantenham e acelerem o ritmo das mudanças.

(*) Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS)

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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