Política
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28 de março de 2023
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12:22

Executiva estadual do PT rejeita filiação do vereador Marcelo Sgarbossa

Por
Luís Gomes
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Sgarbossa assumiu mandato na Câmara no dia 1º de janeiro por ter ficado como segundo suplente nas eleições  de 2020. Foto: Débora Ercolani/CMPA
Sgarbossa assumiu mandato na Câmara no dia 1º de janeiro por ter ficado como segundo suplente nas eleições de 2020. Foto: Débora Ercolani/CMPA

A Executiva estadual do PT no Rio Grande do Sul rejeitou na noite desta segunda-feira (27), em votação unânime, o pedido de refiliação do vereador Marcelo Sgarbossa, atualmente sem partido, à legenda. A Executiva estava analisando um recurso apresentado por Sgarbossa à decisão tomada pela direção municipal do PT de Porto Alegre em 27 de fevereiro.

Segundo suplente nas eleições para a Câmara de Vereadores em 2020, Sgarbossa trocou o PT pelo PV em 2022 e decidiu retornar ao Partido dos Trabalhadores no início deste ano. Em 2023, ele assumiu uma cadeira de vereador em razão da eleição de Laura Sito e Leonel Radde para a Assembleia Legislativa. O PT decidiu reivindicar a cadeira sob a alegação de que ela pertenceria ao partido, e não ao vereador.

Procurada pela reportagem, a presidente estadual do PT, Juçara Dutra, destacou que Sgarbossa teve, na noite de segunda, oportunidade de apresentar, presencialmente, o recurso pelo tempo que considerou necessário.

Ela destacou também que, apesar de não ter relação direta com recurso, a votação foi influenciada por denúncias violência política que duas dirigentes do partido fizeram contra Sgarbossa, que nega e afirma que foi vítima de uma armação.

“Esse episódio não era o objeto da pauta, por isso, não foi levado à votação que ficou circunscrita ao recurso. Porém, dada sua repercussão no partido – socialista, feminista e defensor dos direitos humanos – teve influência no resultado”, disse Juçara.

Em vídeo publicado nas redes sociais após a votação, Sgarbossa pontuou que teve oportunidade de fazer uma defesa oral antes da votação e que, neste momento, sugeriu o adiamento da decisão e a abertura de um processo de diálogo e mediação sobre o episódio que envolve ele e as dirigentes do partido.

“Infelizmente, a instância estadual resolver tomar a decisão hoje, praticamente passando para a nacional. Eu ainda tenho essa possibilidade e vou fazer um recurso para a nacional, onde lá poderá ser decidida a minha refiliação ao Partido dos Trabalhadores”, afirmou.

Ele destacou ainda que continua vereador e que foi comunicado pelo PT de que o partido entrou com uma ação judicial para tentar reaver a cadeira. Sgarbossa afirmou que irá contestar os argumentos do partido na junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que definirá quem ficará com a cadeira na Câmara.


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