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12 de março de 2024
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16:37

Polícia Civil indicia agressor de porteiro por injúria racial, lesão corporal e ameaça

Por
Sul 21
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Guarita do prédio onde o porteiro foi agredidos a socos por um morador. Fotos: Marihá Maria/Sul21
Guarita do prédio onde o porteiro foi agredidos a socos por um morador. Fotos: Marihá Maria/Sul21

A Polícia Civil remeteu nesta terça-feira (12) ao Poder Judiciário o inquérito sobre o caso da agressão ao porteiro Rodinei Antônio Xavier em um condomínio no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, ocorrido 21 de fevereiro. De acordo com a delegada Tatiana Bastos, Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância de Porto Alegre, o suspeito Rafael Fortes Keller foi indiciado peles crimes de injúria racial, lesão corporal e ameaça.

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A delegada informou que a conclusão do inquérito foi alcançada após suspeito, vítima e todas testemunhas levantadas serem ouvidas presencialmente.

A agressão ocorreu após o porteiro não permitir a subida de um motoboy que não possuía o endereço correto para a entrega de um lanche. Segundo Rodinei disse em conversa com o Sul21, o entregador tinha o número do apartamento, mas não sabia em qual torre do condomínio ficava. Ele diz que chegou a tentar interfonar para o possível morador, mas o aparelho não funcionou. Em seguida, a esposa do morador ligou para a portaria e ele informou que o entregador havia ido embora. Foi então que a pessoa desceu, acompanhada do síndico, para tirar satisfação.

Nesse momento, as ofensas e ameaças continuaram, até que o suspeito, identificado como Rafael Keller, passou a agredir fisicamente a vítima, que estava sentada, com socos no rosto e, principalmente, na região dos olhos.

Após a chegada da Brigada Militar e do Samu, a vítima foi levada para atendimento médico no Hospital de Pronto Socorro (HPS) e posterior exame de lesões corporais no DML. O suspeito evadiu-se do local sem ter sido devidamente identificado pela Brigada Militar.

No dia 24, foi registrada uma ocorrência policial dando conta do crime de injúria racial na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, o que levou à abertura de um procedimento para apurar os crimes de racismo, ameaça e lesão corporal na Delegacia de Intolerância.


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