Geral
|
19 de janeiro de 2024
|
19:01

Presidente da CEEE Equatorial diz que luz volta até domingo e que ‘vegetação é fator crítico’

Por
Felipe Prestes
[email protected]
Presidente da CEEE Equatorial. Foto: Luiza Castro/Sul21
Presidente da CEEE Equatorial. Foto: Luiza Castro/Sul21

Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (19), o presidente da CEEE Equatorial, Riberto Barbanera, afirmou que a energia elétrica deve retornar a todos os bairros de Porto Alegre até domingo (21). Desde o temporal da última terça-feira (16), milhares de moradores da Região Metropolitana estão sem energia elétrica e até mesmo sem água, já que a CEEE Equatorial também é responsável pela energia das estações de tratamento e bombeamento de água do Dmae.

Leia mais:
Oposição e governo se unem para criar CPI da CEEE Equatorial em Porto Alegre
Falta de luz: problemas da CEEE Equatorial motivam proposta de CPI na Assembleia
Prefeito de Porto Alegre não consegue contato com a CEEE Equatorial e faz apelo no Twitter 
Após investigar mortes de trabalhadores da CEEE Equatorial, MPT aponta ‘precarização deliberada’

Segundo Barbanera, não é possível fazer uma previsão mais precisa do retorno da luz em razão de os trabalhadores encontrarem dificuldades que não podem ser previstas. “A gente não consegue fazer uma previsão individualizada para 90 mil clientes e tratar cada um com um horário específico. A chance de erro disso é muito grande”, disse.

O presidente da Equatorial também tentou justificar a situação atípica enfrentada no Rio Grande do Sul responsabilizando a falta de investimento da antiga estatal. A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) foi vendida à Equatorial em 2021 pelo governador Eduardo Leite em um leilão, com lance único de R$ 100 mil.

 

Equatorial fez primeira fala coletiva à imprensa nesta sexta (19). Foto: Luiza Castro/Sul21

Barbanera afirmou que o sistema elétrico gerido pela Equatorial “está no seu limite e isso impacta na qualidade”. De acordo com ele, a rede tem cerca de 800 mil postes, dos quais 560 mil são de madeira, com vida útil esgotada e que podem ser derrubados pelo vento com maior facilidade. Ele prometeu um plano de investimento para substituição desses postes, mas não deu prazo. Ele também admitiu que a empresa sabia da situação quando adquiriu a CEEE-D.

O presidente da Equatorial fez ainda apontamentos a respeito das muitas árvores que caíram sobre a fiação no temporal. “Volto a dizer, a vegetação é fator crítico nessa situação de rede. A certeza que eu tenho é que o tempo vai passar, essas árvores que estão aí podem acontecer, a gente pode ter novas situações tão destrutivas como essa que a gente teve. A rede elétrica pode estar melhor preparada, a gente tem tecnologia para isso, né? Mas a poda de árvores também colabora nesse sentido”, afirmou.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora