Geral
|
4 de janeiro de 2024
|
13:10

Entenda o motivo de montes de saibro terem aparecido em parques de Porto Alegre

Por
Luciano Velleda
[email protected]
Montes de saibro grosso estão colocados ao redor do Parque da Redenção.     Foto: Marcelo Farias
Montes de saibro grosso estão colocados ao redor do Parque da Redenção. Foto: Marcelo Farias

Montes de saibro colocados no entorno do Parque da Redenção desde o final do ano passado tem chamado a atenção dos pedestres e frequentadores da região. A situação despertou apreensão nos integrantes do Coletivo Preserva Redenção, que reúne diversas entidades e membros da sociedade civil, temerosos com o eventual destino incorreto do material no interior do parque.

Leia mais:
Coletivo cobra da Prefeitura melhorias e preservação do Parque da Redenção

A prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos (SMSUrb), informou que os montes de saibro serão usados na manutenção dos passeios do Parque da Redenção, com o mesmo trabalho a ser feito também nos parques Marinha do Brasil e Chico Mendes. Segundo a prefeitura, a ação ocorre devido ao alto volume de chuvas dos últimos meses que afetaram de forma significativa o piso dos locais.

A Secretaria de Serviços Urbanos explica que na Redenção, o saibro de granulagem mais grossa que tem causado estranheza nos usuários, será colocado como base em locais mais críticos, onde o acúmulo excessivo de água cria desníveis. Posteriormente, o plano é colocar uma camada de saibro mais fina por cima, nas partes de passeio do parque. No caso do Parque Marinha do Brasil, o saibro mais grosso, que servirá como base para posterior colocação do saibro de granulação mais fina, já foi depositado.

“Após a aplicação do material será realizada a compactação nos três parques para o melhor nivelamento do solo. O serviço está em andamento, por isso alguns parques já estão com o material no local para facilitar a logística de execução. Com esse material, os técnicos da Secretaria acreditam que os passeios terão melhor drenagem e durabilidade”, explica a Secretaria de Serviços Urbanos.

Secretário-geral da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Paulo Renato Menezes demonstra um certo alívio com a explicação da prefeitura. Sua preocupação é que fosse usada apenas a brita grossa que hoje está à vista, pois dificultaria a circulação de pedestres e bicicletas.

“Se for o que a prefeitura está dizendo, então tudo bem, é uma explicação mais lógica que a gente não tinha. Também a prefeitura não se comunica”, pondera, destacando que a combinação dos dois tipos de saibro irá nivelar o piso dos parques.

O histórico de conflitos na área ambiental e urbanística com o governo do prefeito Sebastião Melo (MDB) foi a origem da estranheza com o material que está ao ar livre. “Já a achávamos que era mais um conserto mal feito”, diz Menezes, salientando que uma melhor comunicação da prefeitura com os moradores da cidade teria sido importante desde o início da proposta.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora