Meio Ambiente
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27 de dezembro de 2023
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15:43

Coletivo cobra da Prefeitura melhorias e preservação do Parque da Redenção

Por
Sul 21
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Falta de água em bebedouros é um dos problemas apontados pelo coletivo | Foto: Joana Berwanger/Sul21
Falta de água em bebedouros é um dos problemas apontados pelo coletivo | Foto: Joana Berwanger/Sul21

O Coletivo Preserva Redenção, que reúne diversas entidades e membros da sociedade civil, encaminhou neste final de ano uma carta ao secretário de Meio Ambiente Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre, Germano Bremm, em que cobra melhorias e preservação da fauna, flora e do patrimônio no Parque da Redenção.

Na carta, o coletivo afirma que a manutenção do parque na atual gestão “não condiz com as necessidades crescentes e as obrigações inerentes” da Smamus. “Considerando o calor insuportável que assola nossa cidade neste período do ano, torna-se ainda mais evidente a necessidade de ações imediatas. Por essa razão, solicitamos, com urgência, a implementação de medidas que contribuam para a revitalização e melhoria da Redenção com vista ao bem-estar dos usuários e das espécies de toda a ordem (flora e fauna) que habitam na Redenção. Acreditamos que tais ações não apenas atenderão às expectativas da comunidade, mas também fortalecerão a imagem da Smamus como guardiã do patrimônio verde da cidade”, diz o documento.

O coletivo lista oito áreas que merecem atenção da Prefeitura:

1) Falta de água nos bebedouros: a carta aponta que cinco bebedouros do Parque estão fora de funcionamento e argumento que é necessária manutenção imediata, inclusive como medida de caráter humanitário para permitir a hidratação de pessoas em situação de rua durante o verão.

2) Recuperação das fontes e chafarizes: aponta que a fonte localizada próxima à esquina da Av. João Pessoa com a Rua Eng. Luis Englert está entupida, bem como o seu chafariz está sem funcionamento. Da mesma forma, também não funcionaria o chafariz próximo ao Araújo Viana. A carta aponta ainda que os espaços são usados por pessoas em situação de rua para tomar banho de forma imprópria, defendendo, então, a instalação de chuveiros no parque.

3) Fauna e flora: aponta limpeza e poda inadequadas de árvores e da vegetação do parque, bem como falta de iniciativas para replantio de fauna e a ausência de serviços para atendimento dos animais feridos no parque.

4) Manutenção das praças infantis: aponta que a pracinha em frente ao pedalinho e a pracinha próxima à Rua Vieira de Castro estão com brinquedos e parte da estrutura quebrados, trazendo risco de acidente para os usuários, especialmente para as crianças.

 

Veículos estavam estacionados entre o Araújo Viana e a Pista de Atletismo Ramiro Souto. Foto: Mirna Spritz/Coletivo Preserva Redenção

5) Realização de feiras e eventos: questiona os critérios para o aumento de eventos realizados no parque, pedindo esclarecimentos sobre restrições à circulação no parque durante as atividades.

6) Presença de carros: pede esclarecimentos sobre os critérios que permitem um aumento observado no número veículos que transitam e estacionam no parque, o que traz risco para os usuários e prejuízos para fauna e flora. “Questionamos se o estacionamento de carros em diferentes locais dentro do Parque está autorizado e, em caso afirmativo, quais critérios são considerados para essa permissão”, diz a carta.

7) Mortes de gambás: cobra respostas para a observada mortandade constante de gambás, o que o coletivo já denunciou em diversas oportunidades para a Delegacia do Meio Ambiente.

8) Manutenção de monumentos: aponta que a preservação de espaços como o Recanto Alpino é precária e existe restauro.

“Em síntese, instamos a Smamus a adotar medidas urgentes para sanar as questões levantadas, considerando a relevância do Parque da Redenção para a comunidade porto-alegrense. As preocupações envolvem desde a falta de água nos bebedouros até a necessidade de preservação da fauna e da flora, passando pela manutenção de monumentos e controle rigoroso sobre eventos e feiras. A transparência nos gastos e a efetiva aplicação do Decreto nº 18.103/2012 são requisitos cruciais para assegurar a qualidade deste espaço tão fundamental para a cidade”, finaliza o documento, enviado para o secretário em 20 de dezembro.


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