A ciclovia da avenida Ipiranga será totalmente interditada a partir desta quinta-feira (7). A decisão foi adotada nesta quarta-feira (6) pela Prefeitura após o desabamento de mais um trecho da ciclovia, na última segunda-feira (4), em decorrência das fortes chuvas que atingiram a Capital e o Rio Grande do Sul. A interdição ocorre desde a avenida Borges de Medeiros até a Antônio de Carvalho.
Segundo o governo municipal, o objetivo é “garantir a segurança viária e avaliar os impactos das chuvas no talude do arroio Dilúvio”. A Prefeitura anunciou que será feito um estudo com o diagnóstico estrutural das seções críticas dos taludes que percorrem a avenida e que trechos da ciclovia poderão ser liberados, aos poucos, conforme verificadas condições seguras de utilização.
Em julho, outra parte do talude também cedeu após chuvas, perto do Planetário. Da mesma forma, a ciclovia foi interditada e assim segue. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou que iniciou a reconstrução de outro ponto que sofreu desmoronamento, perto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com previsão de conclusão até o final do ano.
“O Estado vive uma crise dramática em decorrência dos episódios climáticos. Nossa preocupação primordial é resguardar a segurança da população e, neste caso, dos usuários da ciclovia”, explicou o prefeito Sebastião Melo (MDB).
Secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior disse que será feita uma inspeção em toda a ciclovia, com sinalização dos pontos e ajustes para que os usuários tenham o espaço adequado para transitar de bicicleta de forma segura.
Em caráter emergencial, os ciclistas poderão utilizar as ruas adjacentes, como a Marcílio Dias, Princesa Isabel, São Manoel e Felipe de Oliveira ou na avenida Ipiranga junto ao passeio compartilhado com pedestres. A EPTC fará a fiscalização e recomenda as vias como alternativa por ter menor fluxo de veículos. A Prefeitura também anunciou a criação de uma força-tarefa para a realização do diagnóstico estrutural e de segurança para a circulação dos ciclistas.
“Além das equipes de fiscalização, os agentes da Escola Pública de Mobilidade farão ações educativas com ciclistas em alguns pontos para reforçar os cuidados e a realização de atitudes responsáveis no trânsito”, ressaltou Pedro Bisch Neto, diretor-presidente da EPTC.
