Em dezembro de 2021, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) denunciou o fato de que o Centro de Referência da Mulher (CRM) Vânia Araújo, que presta atendimento para mulheres vítimas de violência, havia sito transferido para salas improvisadas no estacionamento do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF). Após a denúncia, a então secretária da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social, Márcia Pires de La Torre, anunciou que o serviço ganharia uma nova sede, no bairro Cidade Baixa. Um ano após o anúncio, o CRM segue no estacionamento e pode acabar em novo endereço.
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Centro de Referência da Mulher é transferido para estacionamento
A deputada Luciana Genro relata ter recebido informações de que o CRM não seria mais transferido para o local anunciado, e sim para um prédio na Rua Miguel Tostes, no bairro Rio Branco. A parlamentar considera preocupante a mudança, que traria custos com aluguel e descentralizaria o serviço, e questionou o governo, por meio de um ofício, sobre o fato.
“Diante do cenário, infelizmente parece que as políticas para mulheres estão mais uma vez sendo escanteadas pelo governo. O prédio que foi anunciado ano passado tinha um bom espaço físico, já estava com obras planejadas e já pertencia ao Estado, ou seja, não haveria custo de aluguel. Queremos entender o que aconteceu nesse meio tempo para que a mudança não tenha se concretizado e, ao que tudo indica, não vá se concretizar”, aponta a deputada.
O novo prédio, segundo o anúncio feito na época, serviria ao abrigamento de vítimas e receberia sedes de instituições que compõem a rede de atendimento. Durante as obras no espaço, que tinham previsão de serem concluídas ainda em 2022, seria dada prioridade ao CRM, com recursos do projeto Avançar RS. Antes da pandemia, o Centro de Referência tinha sede própria, na esquina das ruas André da Rocha e Tuyuty, na Cidade Baixa, e passou a ocupar os espaço no CAFF a partir da retomada das atividades presenciais. A nova sede ficaria na rua Miguel Teixeira, também na Cidade Baixa.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, à qual está vinculado o Departamento de Políticas para as Mulheres, confirmou apenas que, em breve, deve anunciar a mudança do CRM para o novo local.
