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19 de setembro de 2022
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18:22

Governo estadual decide adiar leilão do Cais Mauá

Por
Luciano Velleda
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Governo prevê que leilão do Cais trará “modernização”, conservação e urbanização do espaço situado no centro da Capital. Foto: Luiza Castro/Sul21
Governo prevê que leilão do Cais trará “modernização”, conservação e urbanização do espaço situado no centro da Capital. Foto: Luiza Castro/Sul21

Faltando uma semana para a data marcada, o Governo do Estado anunciou o adiamento do leilão do Cais Mauá, em Porto Alegre. Inicialmente previsto para 26 de setembro, na B3, em São Paulo, o leilão deverá ocorrer agora no dia 16 de novembro. Segundo o Executivo, a decisão decorre de um pedido de empresas interessadas no negócio para “aprofundar os estudos sobre o edital”.

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O edital de concessão do Cais Mauá à iniciativa privada foi publicado pelo Governo do Estado no dia 18 de agosto, após um processo polêmico iniciado em novembro de 2021. O Cais será concedido por 30 anos para uma empresa privada, em troca de investimentos na “modernização”, conservação e urbanização do espaço situado no centro da Capital. 

O governo prevê que sejam investidos em torno de R$ 355 milhões em restauro, urbanização e revitalização para as áreas concedidas. Além desse valor, está previsto que R$ 20,5 milhões serão gastos anualmente para operação e manutenção do projeto, ao longo dos 30 anos de contrato. A proposta foi elaborada em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Consórcio Revitaliza.

O edital apresentado em agosto trouxe algumas diferenças em relação ao projeto original, divulgado em novembro 2021. As principais mudanças são consequência da mobilização de setores da sociedade civil que chegaram a propor um projeto alternativo, em que a revitalização do Cais seria destinada à promoção de atividades culturais, sem a necessidade de privatizar o espaço. 

O governo estadual acabou atendendo parte das propostas. As mudanças previstas no edital incluem a previsão de que o pórtico de entrada e os armazéns A e B do Cais, que são tombados, serão destinados exclusivamente para atividades culturais e não terão gestão privada. Outra mudança é a elevação do valor a ser pago pelo consórcio vencedor do edital para a exploração da área das docas, de R$ 94 milhões para R$ 145 milhões. No local está prevista a construção de nove torres residenciais e comerciais.


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