Os moradores das regiões mais populosas de Porto Alegre poderão acessar, a partir desta sexta-feira (29), a tecnologia de internet 5G. Após o sistema entrar em operação em Brasília no último dia 6 de julho, a Capital, juntamente com Belo Horizonte (MG) e João Pessoa (PB), são as próximas três cidades do País a terem acesso à tecnologia, segundo informou a Anatel.
A implantação da tecnologia ocorreu após o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) aprovar, na quarta-feira (27), a antecipação da liberação do uso da faixa de radiofrequências de 3.300 MHz a 3.700 MHz (conhecida como faixa de 3,5 GHz) para essas capitais.
A utilização da tecnologia 5G, conforme autorizado pelo Gaispi, permite a plena aplicação das potencialidades da tecnologia, com altas velocidades de download e de upload. Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, a velocidade de acesso à internet será dez vez mais rápida do que a atual.
Conforme exigido no edital do 5G no Brasil, as prestadoras de telefonia móvel que operam lotes na faixa de 3,5 GHz têm até 29 de setembro para instalarem ao menos uma antena da tecnologia para cada 100 mil habitantes nas capitais brasileiras, mas a previsão ela chegue a todas as capitais até o final de agosto. As regras definem o adensamento da cobertura de 5G nas capitais até julho de 2025 e a presença em todos os municípios do País até 2029.
De acordo com a Anatel, o início da operação do 5G em Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre só foi possível após a adaptação de estações receptoras de satélite nessas cidades.
De acordo com a Prefeitura, Porto Alegre está entre as primeiras cidades a receber a tecnologia em razão de técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), em parceria com a Procempa, desenvolverem um sistema que expede a licença automaticamente, se a documentação apresentada estiver correta. Além disso, a legislação municipal também permite que as antenas 4G sejam transformadas em 5G com ajustes técnicos por parte das operadoras de telefonia móvel.
“O prazo de tramitação da licença reduziu de dois anos para apenas dois minutos, acabando com a demanda represada e permitindo a expansão do alcance da tecnologia”, explicou o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
Outra iniciativa que permitiu a chegada da tecnologia, segundo o secretário, foi a possibilidade de as operadoras utilizarem o mobiliário urbano para instalação de antenas 5G. “São necessárias dez antenas 5G para ter a mesma abrangência que uma 4G. Então, nós previmos a possibilidade de instalação de antenas em placas de rua e na iluminação pública”, afirmou.
Inicialmente, o sinal estará disponível nas áreas de maior concentração populacional de Porto Alegre, com a cobertura em determinados bairros variando de acordo com a operadora.
