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25 de junho de 2022
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15:54

Entidades denunciam ação de policiais militares e fazendeiros contra indígenas no MS

Por
Sul 21
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Guarani Kaiowá denunciam ataques após retomarem território Guapoy, em Amambai (MS). Foto: povos Guarani Kaiowá
Guarani Kaiowá denunciam ataques após retomarem território Guapoy, em Amambai (MS). Foto: povos Guarani Kaiowá

A principal entidade representativa dos indígenas Guarani Kaiowá, a Aty Guasu, divulgou nota neste sábado (25) denunciando uma ação violenta que teria sido promovida por setores do agronegócio no município de Amambai, Mato Grosso do Sul. De acordo com a reportagem do Brasil de Fato, pelo menos um indígena morreu e outros 10 ficaram feridos.

Ainda de acordo com a Aty Guasu, policiais militares e pistoleiros a serviço de fazendeiros invadiram na sexta-feira uma área do território de Guapoy, alvo de retomada por parte dos indígenas no dia anterior.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a reserva de Amambai é a segunda maior do estado de Mato Grosso do Sul em termos populacionais, com quase 10 mil indígenas. Para os Guarani Kaiowá, Guapoy é parte de um território tradicional que lhes foi roubado quando houve a subtração de parte da reserva de Amambai.

O episódio desta sexta, chamado pelos indígenas de Massacre de Guapoy, resultou na morte de Vito Fernandes, de 42 anos. Segundo o Brasil de Fato, ele chegou ao hospital sem vida, com três perfurações de armas de fogo pelo corpo. Seu corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

“Foram atacadas crianças, jovens, idosos, famílias que decidiram, depois de muito esperar sem alcançar seu direito, retomar um território que sempre foi deles e que foi roubado no passado de nosso povo”, destaca a Aty Guasu.

A entidade Guarani pede a responsabilização do governo do Estado, da Polícia Militar e de servidores da Funai e diz que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal já foram acionados para acompanhar o caso.


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