A Prefeitura de Porto Alegre publicou na última sexta-feira (1º) a licitação para a contratação da empresa que irá realizar as obras de revitalização do viaduto Otávio Rocha, no Centro de Porto Alegre. A sessão pública que marca o procedimento de recebimento e abertura dos envelopes dos interessados ocorrerá no dia 5 de maio, às 14h. A licitação prevê que as obras de revitalização durem 18 meses.
A Prefeitura prevê investimentos de R$ 13,7 milhões para a realização de intervenções estruturais e estéticas no viaduto. Além da restauração, recuperação, correção e conservação da estruturam, também estão previstas soluções para as instalações elétricas, telefônicas, lógica, sistemas de segurança e iluminação publica. Serão efetuadas, ainda, adequações na rede hidrossanitária, no sistema de drenagem e um processo de impermeabilização.
De acordo com a Prefeitura, a partir da revitalização, a estrutura contará com um novo Plano de Proteção Contra Incêndios (PPCI) e passará a atender aos critérios de acessibilidade. O projeto prevê também investimentos em sinalização viária, turística, e comercial. O expectativa é que também sejam reativadas as escadarias internas do viaduto, hoje inacessíveis ao público.
Além da contratação da empresa que ficará responsável pela revitalização, a Prefeitura também pretende iniciar em breve uma campanha para combater o vandalismo no local e promover a conservação. Em 2021, um levantamento do Gabinete de Gestão Integrada do Centro Histórico (GGI-Centro) apontou que o viaduto possuía 747 pichações e que ações de depredação deixaram dezenas de obras de arte, postes e outros equipamentos fora de uso. A Prefeitura também deve ampliar o videomonitoramento do viaduto e de seu entorno.
A revitalização do viaduto Otávio Rocha é uma promessa antiga da Prefeitura de Porto Alegre. Em setembro de 2015, ainda na gestão de José Fortunati, a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) apresentou imagens do projeto de restauração do viaduto que previa novas instalações elétricas, hidráulicas e pinturas anti-pichações para o viaduto. O custo era estimado em R$ 33 milhões e o plano da Prefeitura era tornar o viaduto um polo turístico e gastronômico da cidade.
O projeto não saiu do papel, mas o prefeito seguinte, Nelson Marchezan Júnior, também trabalhou a ideia de revitalização do viaduto. Em 2018, a Prefeitura realizou uma operação para a remoção de pessoas em situação de rua do local. O intuito da gestão Marchezan, ainda sem apresentar um projeto de revitalização na casa das dezenas de milhões de reais, também era transformar o viaduto em polo gastronômico, permitindo a ocupação por food trucks e outros estabelecimentos. O projeto também não teve continuidade.
