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8 de março de 2022
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09:26

Mulheres do campo ocupam Secretaria Estadual da Agricultura em Porto Alegre

Por
Sul 21
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Mulheres do campo ocuparam pátio do prédio da Secretaria da Agricultura (Foto: Maiara Rauber)
Mulheres do campo ocuparam pátio do prédio da Secretaria da Agricultura (Foto: Maiara Rauber)

Mais de 200 agricultoras ocuparam, na manhã desta terça-feira (8), o pátio da Secretaria Estaduak de Agricultura em Porto Alegre, dentro das mobilizações do Dia Internacional das Mulheres. Elas cobram ações do governo do Estado para amenizar os impactos da estiagem no Rio Grande do Sul. Já ocorreram conversas com a secretária Silvana Covatti e com o secretário Chefe da Casa Civil, Artur Lemos, mas pouco foi feito até aqui, assinalam as mulheres.

“As nossas famílias ainda estão sofrendo com a estiagem. Por isso estamos aqui novamente. Nós precisamos de ajuda urgente, diante de tantos prejuízos causados pela seca”, diz Silvia Reis Marques, produtora e dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Rio Grande do Sul (MST-RS)

As principais reivindicações das agricultoras giram em torno dos créditos emergenciais. O governo do estado anunciou a liberação de recursos para atender 42 mil famílias, no valor de um salário mínimo. Também foi apontada mais uma proposta para liberação de créditos de até R$ 10 mil por família, sem juros. Mas nada de concreto foi realizado ainda, criticam.

As representantes do MST, da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) defendem que é preciso ampliar o número de famílias beneficiadas por essas medidas.

Na avaliação de Cleonice Back, secretária adjunta da CUT-RS e diretora da Fetraf-RS, o crédito emergencial precisa atender pelo menos 100 mil famílias no RS, em especial as que possuem mais dificuldades. Além disso, nesse crédito, defendeu, é necessário ampliar o subsídio para os agricultores que não se enquadram nos recursos a fundo perdido”.

As agricultoras querem uma audiência com o governador Eduardo Leite, pois para serem implementados imediatamente, os créditos dependem de decretos emergenciais assinados pelo chefe do Executivo.

Com informações do MST-RS


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