Educação
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28 de dezembro de 2023
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18:00

Governo nomeia 1.542 novos professores estaduais; Cpers reivindica mais concursos

Por
Luciano Velleda
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O governo estadual publicou, na noite desta quarta-feira (26), a nomeação de 1.542 professores aprovados no último concurso público destinado à rede estadual de ensino. A seleção se destinou às áreas de Educação Básica, Educação Profissional e Educação Indígena com as vagas distribuídas entre as 30 Coordenadorias Regionais de Educação. De forma inédita, o concurso teve reserva de vagas para pessoas com deficiência, indígenas, negros e transgêneros.

“Mais uma iniciativa que reforça o compromisso do governo com a educação. São mais de 1,5 mil professores que se somam à rede estadual para qualificar o ensino e garantir aos nossos estudantes a melhor aprendizagem para prepará-los para o futuro”, disse o governador em exercício Gabriel Souza.

Apesar do entusiasmo do governador em exercício, as novas nomeações são também comemoradas pela direção do Cpers, porém acompanhadas de cobrança devido ao elevado número de professores da rede estadual trabalhando em contratos temporários.

Presidente do Cpers, Helenir Aguiar diz que a luta do sindicato sempre é pelo concurso público, mas lamenta que serão apenas 1.542 professores, porque faltam bem mais professores estaduais, segundo ela.

“Que bom que eles estão sendo nomeados agora, até para iniciarem o ano já conhecendo a escola e se preparando para o ano letivo”, ponderou, ressaltando que cobrará o governo estadual para que cumpra a promessa de realizar novo concurso em 2024.

A presidente do Cpers disse ainda que seguirá trabalhando para que todos os professores estaduais sejam efetivos e tenham acesso ao plano de carreira, considerando que os professores em contrato emergencial quase não têm direitos. “Brigar pelo concurso público é também garantir direitos para todos.”

Alex Saratt, 1º vice presidente do Cpers, avalia que as nomeações ocorrem após um longo atraso e também afirma que as áreas cobertas pelo concurso são insuficientes e já obedecem a lógica da municipalização, pois não teve vagas para as séries iniciais.

“Sabemos que é preciso um número muito maior de nomeações. Temos um quadro que hoje aponta para cerca de 60% de contratados (em contratos emergenciais), mas ao mesmo tempo é sempre bom saber que houve essas nomeações”, afirma.

Saratt disse esperar que os próximos concursos contemplem mais áreas e ofereçam mais vagas, para reverter o atual cenário de altos índices de contratualização emergencial, além de concursos para funcionários de escola e especialistas. “É preciso uma política consistente de valorização profissional, acompanhada de valorização salarial através do pagamento do piso na sua integralidade e de uma carreira atraente para as novas gerações.”


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