Educação
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21 de novembro de 2023
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19:51

Professores rejeitam pacote de Leite para a educação que será votado na Assembleia

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Sul 21
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Governador Eduardo Leite está sendo chamado de
Governador Eduardo Leite está sendo chamado de "praga" pelo Cpers. Foto: Joana Berwanger/Cpers

Professores e funcionários das escolas estaduais do Rio Grande do Sul se reuniram em Assembleia Geral do Cpers, nesta terça-feira (21), em frente ao Palácio Piratini, para denunciar o pacote de mudanças na educação pública proposto pelo governador Eduardo Leite (PSDB), o qual definem como “devastador”.

Na ocasião, foram apresentados os cinco projetos protocolados na Assembleia Legislativa (ALRS), que podem ir à votação a qualquer momento. Segundo o Cpers, entre os pontos mais preocupantes estão a constitucionalização da municipalização, por meio da implantação do Marco Legal da Educação, além de alterações na composição, no funcionamento e nas atribuições do Conselho Estadual de Educação (CEEd), novas regras para a eleição de diretores e o que a entidade dos professores chama de “fim da gestão democrática” nas instituições de ensino.

Durante o ato, a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, conclamou a categoria para a luta contra as proposta do governo Leite e sua base aliada na Assembleia. “Leite representa a praga do gafanhoto que, por onde passa, está destruindo tudo! Nós temos que mostrar o que este governo está fazendo para a educação. Por isso, estamos aqui hoje, para denunciar à sociedade qual a verdadeira proposta do governador e da Assembleia Legislativa para a educação pública. Precisamos barrar o avanço deste destrutivo projeto”, afirmou.

Após a apresentação das propostas do governo, a categoria, por unanimidade, rejeitou todos os projetos, por entender que a implantação das medidas representará o colapso de sistema público de ensino do RS.

Ainda durante a assembleia, os trabalhadores da educação e a comunidade escolar elegeram Leite como o “maior destruidor do ensino público gaúcho”. Para o Cpers, o governador tem se mostrado “uma verdadeira praga para a educação, devastando tudo em seu caminho”, com propostas que atacam a estrutura da educação no estado. Ao final da atividade, um grupo de educadores se dirigiu à Assembleia para entregar aos 55 deputados um parecer sobre as consequências das medidas protocoladas.

Pela tarde, ainda em frente ao Palácio Piratini, houve um no ato público estadual unificado, reunindo o CPERS e a Frente dos Servidores Públicos do RS. A mobilização reivindicou 20,05% de reajuste salarial para todos os trabalhadores do serviço público do Estado no orçamento para o próximo ano.


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