Da Redação
Líderes de países ocidentais não tiveram motivo para se levantar e abandonar a Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira (26), durante o discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O vazio das cadeiras durante a fala do líder iraniano é praticamente uma tradição nas Assembleias mas, em seu último discurso antes de sair da presidência, Ahmadinejad ofereceu palavras moderadas à comunidade internacional.
Em sua oitava fala em uma Assembleia Geral, o líder afirmou que o Irã recebe de bom grado “qualquer esforço que pretenda promover paz, estabilidade e tranquilidade” no mundo.
Ainda assim, Ahmadinejad não deixou de criticar as potências hegemônicas, afirmando que a intimidação por meio de armas nucleares e de destruição em massa prevalece entre a comunidade internacional. Ele citou a “ameaça constante dos sionistas incivilizados” contra o Irã como exemplo dessa situação.
O país sofre grandes pressões internacionais por suas ambições nucleares. O Irã alega que suas intenções com a tecnologia nuclear são pacíficas, mas as potências Ocidentais não estão convencidas. Em discurso na Assembleia nesta terça-feira (25), o presidente americano Barack Obama declarou que os Estados Unidos “farão o que for necessário para impedir o Irã de obter uma arma nuclear”.
Estados Unidos e Israel boicotaram o discurso
Apesar das palavras menos agressivas do que de costume, os Estados Unidos e Israel se negaram a comparecer à Assembleia na hora da fala de Ahmadinejad.
Erin Pelton, porta-voz da missão americana à ONU, criticou o fato do discurso do líder iraniano ter ocorrido justamente no dia do Yom Kippur, data sagrada para o judaísmo. A delegação israelense não teria comparecido por este motivo.
Os líderes canadenses também não estavam presentes durante a fala de Ahmadinejad.
Com informações da Al Jazeera e da CNN