Geral
|
20 de março de 2012
|
11:53

Aprovação do reajuste de 76,68% para os professores: melhor opção tática

Por
Sul 21
[email protected]

Ainda que o impasse entre o Cpers e o governo do Estado não tenha se encerrado, chegou a hora de os deputados estaduais votarem o reajuste dos professores estaduais do Rio Grande do Sul. Somados, os reajustes, a serem concedidos no período de 2011 a 2014, totalizarão um aumento salarial de 76,68%, bem acima da inflação projetada e muito superior aos reajustes concedidos por todos os governos anteriores.

Leia Mais:

— Assembleia vota hoje reajuste de 23,51% para professores

Chegou o momento de deixar de lado as disputas políticas. Mais do que a disputa de posições, entre governo e oposição ou entre defensores do pagamento do piso nacional do magistério com a manutenção do plano estadual de carreira e os que entendem a necessidade de alteração do índice de reajuste do piso e/ou da carreira do magistério, o que precisa ser considerado agora é o ganho imediato possível de ser concedido aos professores.

O governo estadual alega que chegou ao limite de sua capacidade orçamentária para o pagamento dos docentes. Contesta, por este motivo, o índice de reajuste do piso definido em lei, defendendo que o indexador atualmente utilizado, o valor do custo aluno do Fundeb, seja substituído pelo INPC, mas se compromete, em contrapartida, em manter os termos da atual carreira do magistério gaúcho e a conceder reajustes ainda maiores nos próximos anos, se assim o permitir o crescimento da arrecadação estadual. Não há porque duvidar dos cálculos ou dos propósitos do atual governo.

A busca do pagamento do que a lei determina já, como defende o sindicato da categoria e como gostaria a maioria dos deputados estaduais, resultará, infelizmente, na impossibilidade da concessão do reajuste salarial proposto pelo governo e, consequentemente, na penalização de uma categoria profissional já por demais penalizada. Que se vote o reajuste proposto pelo governo. Depois de sua aprovação, sendo esta a avaliação da categoria, que continue a luta pela obtenção do piso nacional dos professores, a discussão sobre a alteração da carreira estadual dos docentes e o índice de reajuste, tal como definido na lei vigente. Taticamente, esta seria a melhor alternativa a ser adotada pelo Cpers.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora