Da Redação
A repressão policial do Governo Sebastián Piñera resultou na prisão de 874 pessoas em várias cidades nesta quinta-feira (4). Desobedecendo à proibição de protestos do governo chileno, estudantes convocaram duas manifestações que reuniram mais de cinco mil pessoas que ocuparam várias ruas de Santiago e do interior. Nesta sexta-feira (5), os estudantes devem emitir um comunicado oficial a respeito da reforma educacional proposta pela presidente no início da semana.
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O vice-ministro do Interior, Rodrigo Ubilla, negou que civis tenham sido feridos, mas confirmou que 29 policiais se machucaram. Das 847 pessoas detidas, 284 protestavam na capital. Em comunicado, o serviço de segurança informou que as detenções ocorreram motivadas pela “desordem, por porte de armas ou explosivos”.
Relatos garantem que a manifestação desta quinta foi a mais violenta desde o início do movimento estudantil, em maio. Os universitários e secundaristas reivindicam a ampliação da educação pública e gratuita e a ampliação de investimentos no setor.
Os policiais usaram gás lacrimogêneo e jatos de água na tentativa de dispersar os manifestantes. O clima de tensão tomou conta de várias avenidas no país. As manifestações duraram, em média, cinco horas. O prefeito de Santiago, Pablo Zalaquet, disse que os prejuízos para a iniciativa privada e o setor público, em decorrência das últimas manifestações, chegam a 1 milhão de pesos.
Atualizada às 13h42
Com informações da Agência Brasil