Da Redação
O Hospital Moinhos de Vento anunciou a instalação provisória, a partir desta terça-feira (2), de um contêiner refrigerado anexo ao hospital para guardar corpos de pacientes mortos. A medida faz parte do Plano de Gestão de Crise, elaborado ano passado pelo Comitê de Enfrentamento da covid-19 da instituição. “O momento atual registra os índices mais altos de internações e agravamento dos casos, gerando potencial crescimento no número de óbito”, explicou o hospital, em nota à imprensa, sobre a expansão programada da estrutura do morgue (necrotério).
“Mesmo que não venha a ser utilizada, trata-se de uma medida preventiva que se faz necessária dentro dos padrões de qualidade assistencial e médica da instituição. Será utilizado somente em caso de real necessidade, considerando a possibilidade de atrasos na retirada dos óbitos por parte das funerárias, realidade essa percebida em outras cidades do Brasil e do mundo. A estrutura atual comporta até três óbitos e está adequada às normas, condições de normalidade e porte do Hospital Moinhos de Vento”, afirma o comunicado.
Um dos mais renomados hospitais privados de Porto Alegre, o Moinhos de Vento destaca que há um ano vem adaptando suas rotinas, o que incluiu a abertura de novos leitos de terapia intensiva de retaguarda e o fechamento da tenda de atendimento a pacientes com suspeita de covid-19, direcionando-os para o atendimento da Emergência, que só recebe casos classificados como vermelho e laranja. O hospital também limitou a transferência de pacientes que necessitam de leitos no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
O hospital está com mais de 100% da ocupação dos leitos de terapia intensiva. Pessoas com menos de 60 anos de idade correspondem a 35% dos pacientes internados. “A instituição reforça o apelo à comunidade para que atente às normas de proteção. É fundamental que todos sigam as orientações das autoridades sanitárias, utilizando máscara em todos os momentos e higienizando as mãos e os ambientes de contato. E recomenda, ainda, que evitem ao máximo aglomerações e circulações desnecessárias, mantendo sempre o distanciamento social, principalmente neste momento crítico”, finaliza o comunicado.
