Do Opera Mundi
Os chefes de Estado e de governo da União Europeia reataram, nesta sexta-feira (14), a cúpula que está sendo realizada em Bruxelas. Neste segundo dia, o encontro ficará restrito a temas de política externa, como o conflito sírio, a política comum de defesa e a ampliação desses mecanismos.
Em sua chegada à reunião, o presidente francês, François Hollande, afirmou que, em relação à Síria, o objetivo do grupo dos 27 é facilitar o fim do regime de Bashar al-Assad.
Neste aspecto, Hollande lembrou que a França foi o primeiro país a reconhecer a Coalizão Nacional de Forças da Oposição e da Revolução Síria, a mesma que “hoje é aceita pela maioria dos países como um representante legítimo do povo sírio”. “No terreno, há uma guerra que agora se mostra contra Bashar al-Assad. Devemos nos fixar nesse objetivo para que esse regime caía o mais rápido possível”, ressaltou.
No primeiro dia de reunião, que só foi encerrado durante a madrugada desta quinta-feira (13), os chefes de Estado e governo da UE abordaram apenas temas econômicos, mas não alcançaram avanços significativos em relação à criação de um possível roteiro para superar os problemas estruturais da economia comunitária e avançar em direção à união econômica e monetária.
Em relação a esse tema, o presidente francês afirmou, nesta sexta, que a UE “fez um bom trabalho em 2012 e, por isso, parte com mais confiança rumo a 2013”. “Temos a responsabilidade de criar uma Europa mais solidária e forte. Que não faça de suas dificuldades um espetáculo perante o mundo. Acho que essa época terminou”, acrescentou.
Quinta-feira (13), o grupo dos 27 perdeu o ímpeto inicial que resultou na definição dos aguardados acordos sobre a Grécia e a supervisão bancária única, evidenciando suas diferenças em torno da ideia de criação de um fundo solidário para fazer frente ao desemprego e outros problemas nos países em crise.
Apesar da falta de definição sobre estes temas, os chefes de Estado e Governo da UE pretendem passar essa página sexta-feira e se dedicar à questão da política externa, expressando seu apoio à plataforma da oposição síria como um representante legítimo do povo sírio.
Por outro lado, as autoridades também prevêem a aprovação de algumas conclusões para impulsionar uma política comum de defesa em 2013 e respaldar a política de ampliação da Comissão Europeia.