Bolívia e Equador devem ser os próximos membros permanentes do Mercosul

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Para Antonio Patriota, Mercosul teve maior crescimento entre associações de comércio| Foto: Pedro França/Ag. Câmara

Da Redação

O Mercosul vai trabalhar pela inclusão definitiva do Equador e da Bolívia no bloco. Atualmente, os dois países andinos são membros associados do bloco regional, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Como membros plenos, poderiam participar também da união aduaneira.

A decisão foi tomada pelos chanceleres dos países integrantes do bloco nesta terça-feira (28), véspera da 41ª Cúpula do Mercosul. O alto representante do Mercosul, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, viajará em breve a Bolívia, acompanhado por diplomatas dos quatro países membros, para iniciar as negociações. Em seguida, viajará ao Equador, cujo presidente, Rafael Correa, participará da cúpula como convidado.

Ao anunciar os projetos de expansão do Mercosul, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, rebateu as críticas de que o bloco econômico perdeu força e não conseguiu transformar-se em um verdadeiro projeto de integração política, econômica e comercial, como a União Europeia (UE). Segundo ele, em 2010, a economia do bloco regional cresceu 8%. “Foi o crescimento mais elevado que o registrado por qualquer outra união aduaneira ou associação de livre comércio”, disse Patriota. Além da UE, que vive momentos de crise, o Mercosul superou, em crescimento, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Em 20 anos de Mercosul, houve também um aumento significativo do intercâmbio comercial, que passou de US$ 4,5 bilhões em 1991 para US$ 45 bilhões no ano passado. Segundo Patriota, as expectativas para 2011 é superar os US$ 50 bilhões.

Alem da Bolívia e do Equador, o Mercosul tem mais três membros associados: Chile, Peru e Colômbia. Mas o Mercosul optou por negociar uma aproximação maior com os governos da Bolívia e do Equador porque eles não têm acordos de livre comércio com os Estados Unidos ou a UE.

Patriota também lembrou que o mundo mudou, desde a criação do Mercosul. “A China não era um parceiro significativo; hoje é o principal parceiro comercial do Brasil”, disse. Segundo ele, um dos temas da reunião de chanceleres foi, justamente, o comércio Sul-Sul. As previsões são de que a China e a Índia continuem precisando de alimentos, energia e minerais. O Mercosul deveria desenvolver uma política de inserção nesses novos mercados, alem de implementar medidas para facilitar o livre trânsito dentro do bloco regional”, disse o chanceler brasileiro.

Copm informações da Agência Brasil e da BBC Brasil.


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