Da Redação*
A ministra da Mulher, Família a Direitos Humanos, Damares Alves, anunciou nesta sexta-feira (20) em suas redes sociais que denunciou por “apologia ao crime” uma matéria da revista AzMina que utiliza informações oficiais da Organização Mundial da Saúde (OMS) para falar sobre as formas de se realizar um aborto seguro.
“Uma apologia ao crime e que pode colocar tantas meninas e mulheres em risco. Já demos encaminhamento à denúncia. Vamos acompanhar”, escreveu a ministra.
Quero agradecer ao @Smith_Hays, à @crisdbernart e tantos outros que nos alertaram sobre este absurdo. Uma apologia ao crime e que pode colocar tantas meninas e mulheres em risco.
Já demos encaminhamento à denúncia. Vamos acompanhar.
https://t.co/g1JN0eMTQv— Damares Alves (@DamaresAlves) September 20, 2019
A reportagem de AzMina acompanha o caso de uma brasileira que foi até a Colômbia para realizar um aborto seguro, uma vez que foi impedida de fazer no Brasil pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além da experiência da estudante e das informações da OMS, a revista conversou com especialistas no assunto sobre os riscos de se realizar um aborto inseguro, prática que vitima centenas de mulheres anualmente no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, uma mulher morre a cada dois dias por complicações de um aborto inseguro no Brasil.
No Brasil, o aborto só é permitido em casos de estupro, quando há risco de vida à mulher e anencefalia do feto. A reportagem explica de que forma ocorre o procedimento legalizado nestes casos, serviço que é ofertado inclusive pelo próprio SUS e que inclui fazer uma aspiração intrauterina dentro do próprio hospital ou tomar Misoprostol.
O Misoprostol, também conhecido como Cytotec, é citado pela própria OMS como uma alternativa para o aborto seguro, se utilizado de forma correta. A reportagem ainda traz informações da Organização sobre como usar o medicamento, além das dosagens indicadas.
O texto também explica que existe uma norma técnica do Ministério da Saúde que orienta o atendimento humanizado a todas as mulheres que buscam serviços de saúde após um aborto, seja ele espontâneo ou não.
Confira a reportagem da revista AzMina.
*Com informações da Revista Fórum