Da Redação
Essa é a pergunta que a ONG “Minha Campinas”, parte da rede Nossas Cidades, levanta uma campanha contra o projeto de lei municipal que pretende legalizar a ideia da “escola sem partido” na cidade do interior de São Paulo. A Escola Partida começou a circular nas redes sociais em agosto e viralizou. A Câmara de Vereadores de Campinas está prestes a votar a medida que permitira a punição de professores por uma série de comportamentos em sala de aula.
Entre os professores da ficção escolhidos para ilustrar a importância de docentes com senso crítico, em sala de aula, o grupo incluiu: o professor Raimundo, de Chico Anysio, que criticava o salário mínimo, os professores John Keating, de “Sociedade dos Poetas Mortos”, interpretado no cinema por Robin Williams e Katherine Watson, de “O Sorriso de Monalisa”, vivida por Julia Roberts, que ensinavam seus alunos a questionarem as sociedades em que viviam, e Alvo Dumbledore, o diretor da escola de Harry Potter, que lutava contra “as trevas” do vilão Voldemort e criticava o ministério da Magia.
“O que aconteceria na TV e no cinema com a proposta do Escola Sem Partido? Uma verdadeira distopia! Do jeito que tá escrito, as mínimas tentativas de promoção de debate poderiam enquadrar os professores por não serem “neutros”. Vamos pressionar a Comissão de Legalidade por um parecer negativo e encaminhar essa proposta para arquivamento!”, diz o post da ONG.
O projeto, no entanto, já passou pela Comissão de Legalidade de Campinas. Ele aguarda agora para ir a plenário. Mas a ideia do Escola Sem Partido não é exclusividade de Campinas, ela está presente em legislativos municipais, estaduais e na Câmara dos Deputados.
Confira alguns posts da Minha Campinas, para pensar sobre o assunto: