Roberto Liebgott (*)
O inominável e inbrochável, “amante da família e de Deus”, também revelou seu interesse por meninas arrumadinhas e bonitinhas.
Confessou que, durante um passeio de motocicleta, ao ver três ou quatro meninas, de quatorze ou quinze anos, numa esquina do bairro São Sebastião, Distrito Federal, “pintou um clima”.
Pintar um clima é expressão juvenil a qual indica desejo ou atração supostamente partilhada com alguém.
O “amante da família e de Deus acima de tudo”, depois de entender que “pintou um clima”, ingressou numa casa com as meninas e lá se deparou com outras de quinze ou vinte, bem arrumadinhas, todas venezuelanas.
O inominável pretendia o que, ao entrar na casa com as meninas, depois de achar que “pintou um clima” do lado de fora?
Pregou a palavra de Deus, falou dos valores cristãos, da família e da Pátria? Ou, quem sabe, entrou lá para observar as adolescentes mais de perto?
A narrativa do inominável sobre o fato de pintar um clima entre ele, um homem velho, e menores de idade naturaliza a sexualização e o abuso de crianças e adolescentes.
O inominável precisará bem mais do que Malafaia, Edir Macedo, pastor Valdemiro e Damares Alves para se justificar, se penitenciar, e para purificar a alma e o corpo.
Obs: favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança, de adolescente ou de vulnerável são crimes previstos no artigo 218-B, caput, e § 2º, inciso II, do Código Penal.
(*) Cimi Sul – Equipe Porto Alegre
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