Coronavírus
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7 de fevereiro de 2022
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15:46

Covid: risco de internação em UTI é 27 vezes maior entre não vacinados em Porto Alegre

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Sul 21
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Média móvel semanal está hoje em 8.479 casos confirmados por dia. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Média móvel semanal está hoje em 8.479 casos confirmados por dia. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (DVS-SMS) divulgou nesta segunda-feira (7) que o risco de internação em leito de UTI é 27,3 vezes maior em Porto Alegre para uma pessoa sem nenhuma vacina ou com esquema vacinal incompleto contra a covid-19 na comparação com aqueles que estão com o esquema vacinal completo. Há duas semanas, quando a DVS divulgou levantamento similar, o risco era 16 vezes maior.

Já o risco de internação em leito clínico de uma pessoa sem nenhuma vacina ou com esquema vacinal incompleto contra covid-19 é 20,1 vezes maior do que para uma pessoa com o esquema vacinal completo.

O levantamento foi realizado com dados do Sivep/Gripe, sistema de informações do Ministério da Saúde que registra os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), atualizados até 1º de fevereiro.

O estudo identificou 235 pessoas internadas por complicações respiratórias que testaram positivo para covid-19. Dessas, 73 necessitaram de leito de UTI, entre 5 de dezembro de 2021 e 1º de fevereiro passado. O período inicial coincide com o início da circulação da variante Ômicron na cidade (o primeiro caso foi confirmado em 10 de dezembro de 2021).

Dos 235 casos encontrados no sistema, 42 eram de pessoas que não tinham nenhuma dose e 101 estavam com esquema incompleto e precisaram de leito de UTI.

Levando em conta que, segundo dados do vacinômetro municipal até a última quinta-feira (3º), apenas 79.741 (6,6%) pessoas estão com esquema incompleto no município de Porto Alegre, a chance de internar em leito de UTI nesse grupo é de uma pessoa para cada 1.661, enquanto que a chance de uma pessoa com esquema completo é de uma pessoa para cada 45.264 pessoas.

O levantamento indica ainda que 80,9% dos casos (190) são de pessoas com alguma comorbidade ou fator de risco e 62,6%, ou 147 pacientes, são idosos. Além disso, 126 (53,6%) eram do sexo masculino.

“É importante reforçar que especialmente as pessoas com comorbidades procurem manter-se com esquema vacinal completo. Além disso, insistimos na importância de respeitar o distanciamento – que as pessoas continuem a evitar promover ou participar de festas e aglomerações – do uso adequado de boas máscaras e da higienização das mãos frequente com água e sabão ou álcool 70%”, enfatiza a diretora em exercício da Vigilância em Saúde municipal, Fernanda Fernandes.

A DVS informa que passará a fazer quinzenalmente as análises de risco de internação em relação a pessoas vacinadas ou com esquema vacinal incompleto ou não vacinadas.


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