Saúde
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8 de março de 2024
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18:14

Boletim aponta 243 mortes por síndrome respiratória na Capital em 2023

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Sul 21
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Letalidade das SRAG ficou em 10,3% no período analisado. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Letalidade das SRAG ficou em 10,3% no período analisado. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A vigilância epidemiológica de Porto Alegre recebeu 2.410 notificações de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre moradores da Capital em 2023. Do total, 2.076 foram curados; 243 resultaram em óbito; 44 permanecem em investigação e 47 possuem outra classificação final ou desfecho. Em comparação ao ano anterior, o número de casos foi 35,6% menor. Os dados estão publicados no Boletim de Vigilância de Vírus Respiratórios 1/24.

Houve aumento de 63% nos casos da faixa etária infantil (0 a 12 anos). O elevado número de crianças hospitalizadas levou o Estado a decretar situação de emergência em saúde em todo o RS, do mês de julho a outubro do ano passado. A estatística é cumulativa, com dados do início do ano até o dia 30 de dezembro de 2023, quando se encerrou o período epidemiológico anual. A notificação é feita em casos de internação hospitalar.

A maior parte dos óbitos foi de pessoas com mais de 60 anos, tendo como principal causa o coronavírus (50%). A letalidade decorrente da Covid-19 é a mais alta entre as SRAG, alcançando 27,1%. No geral, a letalidade das SRAG ficou em 10,3% no período analisado. O boletim enfatiza que há vacinas disponíveis no calendário oficial brasileiro tanto para Covid-19 como para influenza, em períodos específicos e para públicos prioritários, de acordo com definição do Ministério da Saúde.

A enfermeira Jana Ferrer, chefe da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Diretoria de Vigilância em Saúde, lembra que a SRAG é caracterizada por quadro de síndrome gripal que evolui para quadro grave com comprometimento da função pulmonar e necessidade de hospitalização. As causas virais mais importantes atualmente são os subtipos da Influenza, A e B, Vírus Sincicial Respiratório e o coronavírus, que circulam todos ao mesmo tempo.

O boletim também traz acesso ao painel com dados públicos sobre condições respiratórias na Capital, o BI das doenças respiratórias de Porto Alegre. A diretora em exercício da Vigilância em Saúde da SMS, Juliana Pinto, explica que a ferramenta abrange dados sobre SRAG e internações gerais por condições respiratórias, permitindo consulta sobre as principais doenças que geram internações por causas respiratórias na cidade, os serviços envolvidos e a proporção de internações por condições respiratórias frente ao total de internações em cada faixa etária.


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