Eleições 2022
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3 de outubro de 2022
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17:51

Eleição para o Senado: ‘3ª via’ derrete, bolsonarismo se consolida e PT obtém avanços

Por
Luís Gomes
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Senado Federal. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Senado Federal. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

De todas as disputas que ocorreram neste domingo (2), nenhum posto teve mais vitórias de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) do que o Senado. Das 27 cadeiras em jogo, seu partido, o PL, ganhou oito delas diretamente e venceu outras cinco disputas com candidatos apoiados por Bolsonaro (três do PP, um do PSC e uma do União Brasil). Por sua vez, o PT venceu quatro disputas diretamente e teve outras quatro vitórias de candidatos apoiados por Lula (dois do PSD, um do MDB e um do PSB). Outras quatro cadeiras do União não eram declaradamente bolsonaristas, mas três delas são de candidatos alinhados, como Sergio Moro (PR). Apenas a Professora Dorinha (União) pode ser considerada uma candidata da chamada “3ª via”.

Grande vencedor do dia na disputa pelo Senado, o PL juntará os seus oito candidatos eleito com sete membros do partido que foram eleitos em 2018. Dos oito eleitos, dois são reeleições, Romário (RJ) e Wellington Fagundes (MT), totalizando 13 cadeiras a partir de 2023.

Maior aliado formal, o PP, que tem oito cadeiras atualmente, colocou quatro delas em disputa, mantendo uma e perdendo três. Contudo, ganhou outras duas, garantindo sete cadeiras para 2022.

Ainda no campo totalmente alinhado ao bolsonarismo, o Republicanos mantém a cadeira que já tinha e conquistou mais duas, com Damares (DF) e Mourão (RS). O PSC perdeu a cadeira que tinha, de Luiz Carlos do Carmo (GO), mas ganhou uma nova com Cleitinho (MG).

Em um campo próximo ao Bolsonarismo, o União Brasil, fruto da fusão do DEM com o PSL, manteve a única cadeira que colocou em disputa, de Davi Alcolumbre (AP), e ganhou outras quatro, com três candidatos mais alinhados ao bolsonarismo e Professora Dorinha (TO), de uma ala mais centrista do partido. Eles se somam aos outros 7 senadores eleitos em 2018, totalizando 12 cadeiras a partir de 2023.

O Podemos, que se divide entre apoiadores declarados de Bolsonaro e outros apenas alinhados, perdeu as duas cadeiras que tinha em disputa, permanecendo agora com as outras seis de em 2018.

Também totalmente alinhado ao bolsonarismo, o PTB perdeu as duas candidaturas que tinha em disputa.

Já no campo lulista, o PT entrou na disputa com 7 senadores, perdeu a cadeira de Jean Paul Prates (RN), trocou Paulo Rocha por Beto Faro, no Pará, e ganhou três cadeiras novas, indo a 9. O PSB perdeu a cadeira de Dario Berger (SC), mas ganhou uma nova com Flávio Dino (MA).

A Rede não tinha candidatos na disputa, mantendo a cadeira de Randolfe Rodrigues (AP), que coordena a campanha de Lula. O Pros perdeu a cadeira de Telmário Motta (RR), que era aliado de Bolsonaro, e fica apenas com a de Zenaide Maia (RN), mais alinhada a Lula.

No campo da centro-esquerda, o PDT perdeu a única cadeira que estava em disputa, ficando com as duas conquistadas em 2018.

Os maiores derrotados desta eleição para o Senado foram os candidatos da chamada terceira via, sobretudo o PSDB. Os tucanos perderam as duas cadeiras em disputa e agora têm apenas quatro. Compartilhando a federação com o PSDB, o Cidadania não colocou a sua única cadeira em disputa, mas o partido também não obteve vitórias.

O MDB tinha 13 cadeiras, perdeu quatro delas e ganhou apenas uma disputa em 2022, com Renan Filho (AL), aliado de Lula, ficando com 10 cadeiras a partir de 2023.

Com 11 cadeiras, o PSD manteve duas de três em disputas, no Amazonas, Com Omar Aziz, e na Bahia, com Otto Alencar, mas perdeu Minas Gerais com Alexandre Silveira. Apesar de ser um partido que navega entre todos os campos da disputa presidencial, os três candidatos em questão eram apoiados por Lula.

PL — 13 cadeiras
União — 12
MDB — 10
PSD — 10
PT — 9
PP — 7
Podemos — 6
PSDB — 4
Republicanos — 3
PDT — 2
Rede — 1
Pros — 1
PSC — 1
PSB — 1
Cidadania — 1


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