A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionou, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outras 67 pessoas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) por terem publicado em suas redes sociais a foto do painel instalado em Porto Alegre com uma série de inverdades ligadas à esquerda. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.
O banner estava exposto na lateral de um prédio próximo ao Viaduto da Conceição, o condomínio Caraíba, e em outro prédio na Avenida Benjamin Constant. Os painéis foram retirados nesta quarta-feira (17) após decisão da Justiça eleitoral.
O banner trazia, de um lado, a bandeira do Brasil seguida pelos dizeres: vida; bandido preso; valores cristãos; liberdade; agro forte; menos impostos; a favor da polícia e ordem e progresso. De outro, o símbolo da foice e do martelo seguido pelos dizeres: aborto; bandido solto; povo desarmado; ideologia de gênero; censura; MST forte; mais impostos; a favor do PCC e narcotráfico. Na base, convocava para o ato de 7 de setembro a favor do presidente Bolsonaro.
A coligação de Lula solicitou que o TSE determine ao filho do presidente e aos demais bolsonaristas, a exclusão das postagens com a foto do painel. O pedido incluiu também que os responsáveis paguem multa de R$ 25 mil.
Segundo os advogados do PT, Eduardo Bolsonaro e os demais apoiadores do presidente compartilharam “conteúdo sabidamente inverídico, de forma a buscar influenciar os eleitores, por meio de uma ligação —errônea— de que partidos de esquerda, como os que compõem a coligação representante, fariam apologia do aborto de forma indiscriminada e possuiriam ligações com o Primeiro Comando da Capital e o narcotráfico”.