Na noite desta quarta-feira (25), um evento celebrou os 25 anos da eleição de 1998, quando foi eleita a chapa de Olívio Dutra e Miguel Rossetto, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), para o governo do Rio Grande do Sul. O ato foi organizado pelo mandato de Rossetto, hoje deputado estadual, e contou com a participação dos ex-governantes, de seus secretários e outros integrantes da chamada “Frente Popular”.
O embate eleitoral do final dos anos 1990 foi lembrado como “a mais acirrada disputa política da história do Estado” pelos presentes. Na época, a diferença nas urnas foi de 50,78% para a chapa petista contra 49,22% para o então governador Antônio Britto (PMDB), que concorria à reeleição.
“Foi um momento extraordinário”, disse Olívio Dutra. “Dois projetos se enfrentaram numa disputa muito polarizada. De um lado, a aliança conservadora, e do nosso lado, a Frente Popular, uma grande unidade do campo democrático popular, no campo e na cidade.”
Ao longo do evento, foram lembrados os feitos do mandato, como o Orçamento Participativo, a criação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), a criação da Sulgás e a realização do Fórum Social Mundial em Porto Alegre. “Hoje celebramos 25 anos de uma vitória de construção coletiva, com movimentos sociais populares, na área da educação, na área da saúde, na área da cultura, na área da ciência e da tecnologia, nas lutas do dia a dia da classe trabalhadora”, afirmou o ex-governador.
“Nós fomos capazes de buscar aquele voto, em uma campanha absolutamente extraordinária, e trouxemos aquela vitória mais extraordinária ainda, na época histórica, que todos nós guardamos com muito carinho. Foi aquilo que abriu um novo ciclo político nesse estado que até hoje é uma referência”, lembrou Rossetto.
O parlamentar também comentou sobre os processos de privatização correntes na gestão atual, de Eduardo Leite (PSDB), como o da Corsan, e as similaridades com a administração do antecessor Britto. “Eles diziam que se o Olívia Dutra não vendesse o Banrisul e a Corsan nós não pagaríamos o salário dos funcionários públicos estaduais no terceiro mês do nosso governo. Não vendemos nenhum parafuso do povo gaúcho e nunca atrasamos pagamentos”, destacou.
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A celebração foi sediada no auditório que recebe o nome de Olívio de Oliveira Dutra, no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), do qual o ex-governador faz parte. “É uma honra enorme estar presidindo hoje esse sindicato que já foi presidido pelo companheiro Olívio Dutra. Quero comemorar e agradecer, mesmo, por poder fazer parte dessa história, dessa luta e desse sindicato”, disse Luciano Fetzner Barcellos, presidente da entidade.
