Política
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3 de outubro de 2023
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18:58

Ao som de Ivete Sangalo, policiais civis provocam Leite contra excesso de trabalho e pedem reajuste

Por
Duda Romagna
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Ugeirm realizou uma marcha e assembleia geral da Polícia Civil nesta terça-feira (03). Foto: Luiza Castro/Sul21
Ugeirm realizou uma marcha e assembleia geral da Polícia Civil nesta terça-feira (03). Foto: Luiza Castro/Sul21

Na tarde desta terça-feira (3), policiais civis do Rio Grande do Sul realizaram uma marcha pelas ruas de Porto Alegre por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Liderado pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS (Ugeirm-Sindicato), o grupo realizou uma assembleia em frente ao Palácio da Polícia e, posteriormente, seguiu em caminhada até o Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa.

Durante a marcha, o trio elétrico que acompanhava os manifestantes ecoava músicas da cantora Ivete Sangalo, como forma de protesto à ida do governador Eduardo Leite (PSDB) ao show da cantora no último sábado (30). Os participantes chamaram atenção para o déficit de pessoal, salários congelados e falta de promoções na carreira.

A categoria reivindica a reposição salarial das perdas nos últimos anos, pois recebeu apenas a reposição de 6% dada a todo o funcionalismo em 2022. Segundo a Ugeirm, as péssimas condições de trabalho levam profissionais ao adoecimento, com servidores pedindo afastamento para cuidar da saúde.

 

Ugeirm sindicato realizou uma marcha e assembleia geral da Polícia Civil nesta terça-feira (03). Foto: Luiza Castro/Sul21

“Marcharam hoje policiais de todo o Estado do Rio Grande do Sul, ativos e inativos, demonstrando a nossa unidade. Isso mostrou a população Gaúcha que os policiais civis estão insatisfeitos, estão trabalhando muito e não tem a devida valorização do empregador. A única arma que nós temos de luta é o nosso trabalho, a gente não vai deixar de trabalhar para a população gaúcha, porque são eles que pagam nosso salário, mas a gente vai mostrar para a população as mazelas que existem dentro da Polícia Civil”, afirma a vice-presidente da Ugeirm, Neiva Carla.

A categoria estipulou que só participará de operações se o pagamento das diárias for antecipado, no que está chamando de “Operação Legalidade”. Os policiais argumentam que o pagamento antecipado é um direito garantido em lei e, quando não cumprido pelo Estado, causa consequências aos agentes, que precisam “tirar dinheiro do próprio bolso” para atuar.

“Hoje um policial civil se desdobra em dois, em três, quiçá, para poder dar conta da demanda de serviço. A partir de hoje, os policiais civis vão fazer só aquilo que está previsto em lei”, explica a dirigente.

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Foto: Luiza Castro/Sul21
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