O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) já formou maioria para manter o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), assim como a prisão do ex-secretário de Segurança Pública distrital e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. As medidas foram tomadas em decorrência dos atos golpistas e da ampla depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8).
O placar da votação está em 6 votos a 0. Até o momento, além do relator, ministro Alexandre de Moraes, votaram por manter as medidas cautelares os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso. O caso é julgado em plenário virtual, e os demais ministros têm até as 23h59 desta quarta-feira (11) para votar.
Na última terça-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes havia determinado as prisões de Anderson Torres e do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar e responsável pela tropa que atuou durante os atos antidemocráticos contra o Congresso, o Palácio do Planalto e a Suprema Corte.
A ordem de prisão de Torres atendeu ao pedido da Advocacia-Geral da União, que solicitou a detenção em flagrante de autoridades que participaram ou se omitiram para facilitar a invasão dos prédios dos Três Poderes. Mais cedo, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro em Brasília.
Torres, que está em viagem aos Estados Unidos, foi ministro até o final do governo de Bolsonaro, sendo nomeado logo em seguida como secretário no DF pelo governador Ibaneis Rocha, também afastado por decisão de Moraes. Torres foi exonerado ainda durante o domingo por Ibaneis diante das cenas que mostraram clara omissão das forças de segurança para conter a invasão dos prédios públicos.
Vieira também já foi afastado do cago, mas foi exonerado na segunda-feira (9) pelo interventor nomeado para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal após o presidente Lula decretar intervenção federal na segurança pública do DF.
Com informações da Agência Brasil
