Política
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24 de janeiro de 2023
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14:57

Manuela defende prévias para escolha de candidato de esquerda à Prefeitura

Por
Sul 21
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Manuela D'Ávila no Instituto 'E Se Fosse Você?', em Porto Alegre. Foto: Luiza Castro/Sul21
Manuela D'Ávila no Instituto 'E Se Fosse Você?', em Porto Alegre. Foto: Luiza Castro/Sul21

Candidata à Prefeitura de Porto Alegre em três eleições (2008, 2012 e 2020), Manuela D’Ávila (PCdoB) fez uma série de postagens nas redes sociais nesta terça-feira (24) em que defende a realização de prévias para a escolha da candidatura de esquerda ao Paço Municipal em 2024.

Manuela abriu as postagens salientando que a vitória da esquerda nas eleições presidenciais, por uma “pequena margem”, ocorreu graças a uma “frente partidária amplíssima e um apoio popular ainda mais amplo e diverso”.

Na sequência, ela diz que, enquanto o Brasil viveu uma “noite escura” entre o golpe contra Dilma Rousseff e a vitória eleitoral de Lula, novos nomes surgiram no campo da esquerda e que, em sua opinião, é para eles que o campo deveria olhar.

 

“As mulheres, o movimento negro, os indígenas, a comunidade LGBTIA+ e a juventude nos guiaram e mostraram que é possível construir uma esquerda ainda mais conectada com as lutas sociais e populares. Em Porto Alegre, colhemos os frutos disso! Em 2020, nossa ida pro 2º turno (após 12 anos) e a eleição da bancada antirracista, impactando a todos os partidos de esquerda, foram um sinal de que a população que se identifica conosco quer se ver e participar mais da política”, escreveu.

Posteriormente, ela cita os nomes dos membros daquela bancada antirracista — Daiana Santos (PCdoB), Bruna Rodrigues (PCdoB), Laura Sito (PT), Karen Santos (PSOL) e Matheus Gomes (PSOL) como alternativas para a disputa pelo Paço Municipal. “A juventude negra e as mulheres e LGBTs eleitas representam um anseio por uma outra esquerda na capital: mais democrática e popular, como fomos nos anos 80”, disse.

Ela encerra propondo a realização de prévias para a escolha da candidatura. “É preciso dar vazão a esse processo. É preciso unir, ampliar e popularizar nosso campo. Ouvir, ir além das paredes dos escritórios e sedes partidárias. As prévias podem ser o método, como já proposto em 2020. Método para alcançar a escuta e ampliarmos a participação. Um método para construirmos um caminho que enfrente a extrema direita em nossas cidades e derrote a política de abandono da educação e da saúde pública, de privatização das áreas e espaços comuns, de sucateamento do transporte coletivo”, disse.

 

A realização de prévias para escolher um nome entre os partidos de esquerda — notadamente PT, PSOL e PCdoB — foi ventilada antes das eleições de 2020 por algumas lideranças do campo, como a deputada estadual Luciana Genro (PSOL), mas acabou não saindo do papel.

Segunda colocada em 2020, Manuela até o momento não se posicionou se pretender voltar a concorrer à Prefeitura. Em 2022, ela foi cotada para concorrer ao Senado, mas optou por não participar da disputa e atuou na campanha de Alexandre Kalil (PSD) ao governo de Minas Gerais, além de apoiar candidaturas do PCdoB no Rio Grande do Sul.

A escolha da candidatura de esquerda foi esquentada esta semana com um encontro entre os vereadores do PSOL Roberto Robaina e Pedro Ruas com o Edegar Pretto, candidato do PT ao governo do Estado em 2022 e nomeado por Lula para presidente a Companhia Nacional de Abastecimento. Ruas, que foi vice na chapa de Edegar, compartilhou uma notícia de GZH que falava sobre uma possível repetição da aliança entre os partidos em 2024 com os dizeres: “Podemos ‘desbolsonarizar’ Porto Alegre e vamos fazê-lo”.

 


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