Política
|
5 de janeiro de 2023
|
11:56

Comissão de Mortos e Desaparecidos será reativada

Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Caroline Oliveira
Do Brasil de Fato

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, o jurista Silvio Almeida, garantiu que irá reativar a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMPD), cujo funcionamento sofreu tentativa de suspensão pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro também se comprometeu a criar a Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade.

“A gestão que se encerra tentou extinguir, sem sucesso, a Comissão de Mortos e Desaparecidos. Não conseguiu”, afirmou Almeida durante a sua cerimônia de posse, na última terça-feira (3).

A comissão foi criada em 1995 para reconhecer as vítimas de crimes cometidos por agentes do Estado, durante a ditadura militar. De acordo com dados da Comissão Nacional da Verdade, ainda hoje o Brasil contabiliza 210 desaparecidos políticos.

“Conselhos de participação foram reduzidos ou encerrados, vozes da sociedade foram caladas, políticas foram descontinuadas e o orçamento voltado para os direitos humanos foi drasticamente reduzido”, disse Almeida.

Sobre os acampamentos golpistas

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que até esta sexta-feira (4) todos os acampamentos golpistas mantidos por bolsonaristas serão “resolvidos”.

“A condução que eu tenho com o [José] Múcio [ministro da Defesa], é de que estará resolvido até sexta”, declarou Dino. “Não vai haver resistência”, acrescentou. Caso ocorra algum tipo de resistência, o governo não descarta o uso da força para desmobilizar os acampamentos de pautas antidemocráticas.

A Polícia Federal solicitou a conversão de prisão temporária para prisão preventiva de sete bolsonaristas que estão foragidos, acusados de participar da tentativa de invasão ao prédio da corporação em Brasília e de atos de vandalismo pela cidade, na noite de 12 de dezembro.

No total, dos 11 mandados de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF não conseguiu cumprir os sete.

Um dos foragidos é Alan Diego Rodrigues, suspeito de instalar uma bomba em um caminhão de combustível ao lado do aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro. A PF desconfia que os foragidos estão escondidos em acampamentos bolsonaristas.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora