Política
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12 de janeiro de 2023
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17:25

AGU pede o bloqueio de bens de financiadores dos atos golpistas; duas pessoas são do RS

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Sul 21
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Palácio do Supremo Tribunal Federal destruído após atos antidemocráticos no ultimo domingo. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Palácio do Supremo Tribunal Federal destruído após atos antidemocráticos no ultimo domingo. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu, nesta quinta-feira (12), o bloqueio de bens de 52 pessoas físicas e sete jurídicas, num total de R$ 6,5 milhões. Duas pessoas da lista são do Rio Grande do Sul: Terezinha de Fátima Issa da Silva, de Caxias do Sul, e Cesar Pagatini, de Bento Gonçalves. Segundo o órgão, os alvos são responsáveis por pagar o fretamento de ônibus para levar pessoas para participar dos atos de vandalismo ocorridos em Brasília no último domingo (8).pastedGraphic.pngpastedGraphic.png

A AGU informou se tratar de um valor inicial, baseado na estimativa preliminar de prejuízos materiais calculados somente pelo Senado (R$ 3,5 milhões) e pela Câmara dos Deputados (R$ 3,03 milhões). Restam ainda a contabilização dos danos causados ao Palácio do Planalto e à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), amplamente depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os bens na mira do pedido da AGU estão imóveis, veículos e valores em contas correntes. A lista dos alvos do bloqueio foi elaborada com o auxílio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), incluindo apenas aqueles que contrataram os ônibus apreendidos por transportarem pessoas participantes dos atos golpistas.

A AGU argumentou que as pessoas físicas e jurídicas listadas devem responder pelo vandalismo junto com aqueles que praticaram os próprios atos violentos. O órgão justifica que “a aglomeração de pessoas com fins não pacíficos só foi possível graças ao financiamento e atuação das pessoas listadas”.

“E sob esse aspecto é de se ressaltar que tais pessoas possuíam plena consciência de que o movimento poderia ocasionar o evento tal como vimos, de modo que a responsabilização civil é medida que se impõe em regime de solidariedade com quem mais deu causa ao dano ao patrimônio público”, acrescentou a AGU.

Sobre os alvos do pedido, o órgão defende que “ao fretarem veículos para transporte de manifestantes para Brasília, no mínimo assumiram o risco pela prática dos atos ocorridos e pelos danos que deles derivaram”.

A AGU frisou a gravidade dos atos praticados, que lesaram o patrimônio público e “resultaram em danos à própria ordem democrática brasileira”. O órgão argumentou que o bloqueio é necessário diante do risco de dissipação do patrimônio com demora de uma eventual condenação final, o que poderia inviabilizar o ressarcimento da União.

O pedido foi encaminhado à Justiça Federal do Distrito Federal.bA petição com a lista completa de pessoas físicas e jurídicas listadas é pública e pode ser encontrada no portal da Advovacia-Geral da União (AGU). 

*Com informações da Agência Brasil.


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