Política
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25 de agosto de 2022
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18:27

Fiergs sai ‘em defesa da liberdade’ e de empresários que discutiam golpe no WhatsApp

Por
Sul 21
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Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Fabio Rodrigues Pezzebom/Agência Brasil
Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Fabio Rodrigues Pezzebom/Agência Brasil

Os mandados expedidos contra empresários que participavam de um grupo de WhatsApp em que discutiam a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil levaram à manifestação, nesta quinta-feira (25), da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Em nota à imprensa, a entidade manifesta “grave preocupação” com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por expedir os mandados.

“O ministro expediu mandados de busca e apreensão em cinco Estados e quebra de sigilo desses empreendedores – que antes de tudo são cidadãos e eleitores – numa atitude que não encontra abrigo no princípio da razoabilidade”, defende a Fiergs, ressaltando “ter convicção” de que os “exageros serão cessados” e o Brasil retomará a harmonia entre os poderes.

Na manhã da terça-feira (23), a Polícia Federal cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários. A existência do grupo de WhatsApp do qual eles participavam foi revelada na semana passada em reportagem do portal Metrópoles.

A decisão de Moraes foi tomada no âmbito do inquérito que apura a atuação de milícias digitais contra a democracia e as instituições brasileiras. Além das buscas, o ministro determinou bloqueio das contas bancárias, bloqueio das contas nas redes sociais, tomada de depoimentos e quebra de sigilo bancário dos empresários.

Leia a nota na íntegra:

EM DEFESA DA LIBERDADE

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS – manifesta publicamente sua grave preocupação pela reação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra empresários diante de mensagens trocadas em um grupo privado de conversação.

Segundo foi divulgado, o ministro expediu mandados de busca e apreensão em cinco Estados e quebra de sigilo desses empreendedores – que antes de tudo são cidadãos e eleitores – numa atitude que não encontra abrigo no princípio da razoabilidade.

A FIERGS tem convicção de que os exageros serão corrigidos e cessados, e o Brasil poderá, assim, retomar a harmonia entre os Poderes Constituídos e a conciliação das instituições com os objetivos maiores da Nação, especialmente neste ano em que celebramos o regime democrático através das eleições gerais no País.

As ações ocorreram nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Segundo o portal G1, a operação teve como alvo os empresários Afrânio Barreira Filho (dono da rede de restaurantes Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury (Barra World), Luciano Hang (Havan), Luiz André Tissot (Sierra Móveis), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).


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