Política
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7 de abril de 2022
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19:48

Policiais civis anunciam diminuição de operações e mobilização por reajuste maior que 6%

Por
Sul 21
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Servidores da segurança pública marcham em protesto por reajuste maior | Foto: Luiza Castro/Sul21
Servidores da segurança pública marcham em protesto por reajuste maior | Foto: Luiza Castro/Sul21

Entidades de classe que representam os servidores da Polícia Civil do Rio Grande Sul anunciaram nesta quinta-feira (7), após reunião, que irão intensificar as ações para pressionar o governo a aumentar a proposta de reajuste salarial, que está atualmente em 6% para o conjunto de servidores estaduais. Entre as ações a serem realizadas estão a orientação à categoria para que sejam reduzidas as operações policiais.

Assinam a nota a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep), a Associação dos Comissionários de Polícia (ACP-RS), e os dois sindicatos que representam os servidores da Polícia Civil, Ugeirm e Sinpol-RS.

As entidades se reuniram na quarta-feira (6) com o governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), que reafirmou a disposição do governo em conceder o reajuste de apenas 6%.

“Este índice é considerado insuficiente e não é aceito pelos servidores, na medida em que não repõe nem mesmo a inflação do último ano, ante uma perda superior a 23% apenas no período do atual governo, sem contar a redução salarial indireta provocada pelo aumento dos descontos previdenciários, impostos com a reforma da previdência do Estado”, diz nota conjunta das entidades.

A nota destaca ainda que o aumento da arrecadação do governo do Estado, motivada também pela inflação e pelos ajustes fiscais aplicados sobre as categorias, permitiriam a concessão de um índice de reajuste superior ao proposto.

“As entidades, por seus representantes, manifestam sua preocupação pelo fato de o governo do Estado se manter irredutível e insensível ao pleito dos servidores da segurança pública, justamente numa época em que a criminalidade vem recrudescendo, ocorre um acirramento da guerra entre facções criminosas e, a cada dia, aumenta a preocupação da população gaúcha”, diz a nota.

As entidades devem ainda levar para assembleias das categorias a possibilidade de adoção de um calendário de paralisações, de adoção da chamada operação-padrão, em que apenas as atividades consideradas essenciais são realizadas, entre outras medidas.


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