Política
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5 de dezembro de 2021
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09:34

Em ato em Porto Alegre, mulheres defendem ‘Fora Bolsonaro’ e dão a largada para o 8 de março

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Sul 21
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Em Porto Alegre ato ocorreu na Praça do Tambor, no Centro Histórico da capital (Foto: CUT-RS/Divulgação)
Em Porto Alegre ato ocorreu na Praça do Tambor, no Centro Histórico da capital (Foto: CUT-RS/Divulgação)

Centenas de mulheres participaram, neste sábado (4), em Porto Alegre, de um ato cultural em protesto contra as políticas do governo de Jair Bolsonaro. O ato realizado na Praça do Tambor, no Centro Histórico da capital, foi marcado pela palavra de ordem: “Bolsonaro nunca mais”. A mobilização se inseriu na jornada nacional de lutas convocada para esse sábado por coletivos feministas partidos políticos, sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais e populares em todo o país. Participaram do ato representantes de partidos  – PT, PCdoB, PSol, PSB, Rede, PCB e UP – que denunciaram a fome, a miséria, o desemprego, o genocídio e a violência, como resultado direto das políticas do governo Bolsonaro.

As manifestações integraram os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A campanha, anual e internacional, começou em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, passando pelo 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Neste período, são realizadas diferentes ativides contra a desigualdade e a violência de gênero.

“Nós fomos as primeiras a dizer: ele não. Agora nós estamos dizendo: ele nunca mais. Contra todas as formas de violência, estamos abrindo o calendário de 2022 para dizer: Bolsonaro nunca mais. É um calendário eleitoral e nós, mulheres da CUT, estamos dentro dele. Vem junto, vamos à luta”, disse Vitalina Gonçalves, secretária-geral da CUT-RS.

“É impossível nós continuarmos com um governo misógino, que odeia as mulheres, que não defende a igualdade da mulher, da mulher emancipada”, afirmou a integrante da coordenação do Levante Feminista contra o Feminicídio, Télia Negrão. “É preciso dar um basta nesse regime de fome, de miséria, do empobrecimento das mulheres, da carestia, retirando as condições mínimas de sobrevivência das famílias chefiadas por mulheres”, acrescentou.

Integrante do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (Cedica), Ivonete Carvalho, destacou a presença de militantes do movimento de mulheres negras e de mulheres não negras, todas unidas pelo “fora Bolsonaro”. Ela chamou a atenção para a gravidade da atual conjuntura, onde todos os direitos conquistados nos últimos 20 anos estão sendo retirados. “Precisamos fazer essa transformação social e tirar esse genocida”, defendeu.

A manifestação contou com a apresentação de várias cantoras, como as irmãs Vidal e o bloco “Ai que saudades do meu ex”. O ato cultural foi transmitido através de uma cobertura em rede pelo Facebook e Youtube, liderada pela Rede Soberania e Brasil de Fato, com a participação da CUT-RS, sindicatos e federações, além de outros veículos da mídia independente e mandatos populares.

Os atos ocorreram em dezenas de cidades pelo país, como Recife (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Pelotas (RS), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Campinas (SP), Ubatuba (SP), Santos (SP), Brasília (DF), Palmas (TO), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE), Florianópolis (SC), Chapecó (SC) e João Pessoa (PB). No Rio Grande do Sul, além do ato em Porto Alegre, também ocorreram manifestações neste sábado em Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, Bagé, Osório e Encruzilhada do Sul, entre outras cidades.

(*) Com informações da CUT-RS. e do Brasil de Fato


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