Um grupo de integrantes da bancada feminina da Câmara dos Deputados e da Procuradoria da Mulher na Câmara reuniram-se no início da tarde de segunda-feira (28) em teleconferência com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para pedir celeridade na apuração das ameaças de morte e estupro sofridas via redes sociais por Manuela d’Ávila e sua filha Laura, de cinco anos, respectivamente.
A titular da Secretaria de Mulheres na Câmara, deputada Celina Leão(PP), que solicitou a reunião, comentou que a violência na política não pode ser naturalizada. “A cada caso sem respostas, a violência aumenta. Esse é um episódio gravíssimo e por isso nossa preocupação em acompanhar o seu desfecho”, disse. Jandira Feghali, deputada do PCdoB, cobrou resolução do caso. “Confiamos no trabalho da polícia do Rio Grande do Sul porque não queremos que ninguém vire nome de rua ou praça. As ameaças são graves, parecem vir de grupos organizados, que costumam executar o que prometem. É preciso elucidar o caso com rapidez”.
A procuradora da Mulher na Câmara, Tereza Nelma (PSDB) informou que o caso também será acompanhado pelo Observatório Nacional da Mulher na Política, que será lançado na Câmara no próximo dia 30.
Também participaram da reunião o vice-governador Ranolfo Vieira Junior, a chefe de polícia Nadine Anflor, e a secretária de Trabalho e Assistência Social, Regina Becker(PTB). Nadine comentou que as investigações em relação à autoria das ameaças avançaram nos últimos 30 dias, mas ainda aguardam respostas do judiciário e do Facebook. Esta semana, a polícia deve entrar em contato com o Ministério Público para acelerar a retirada do ar de publicações indevidas de fotos de Laura em perfis das redes sociais. A divulgação em massa da foto de Laura na frente de sua escola, nas redes e em grupos de whats, antecedeu as ameaças. “Estamos investigando o caso como um todo e não partes isoladas. Esperamos em breve ter respostas”, disse.
O governador Eduardo Leite disse que a Secretaria de Segurança está dando toda atenção ao caso, por sua gravidade, e também para a garantia de livre manifestação por parte de qualquer pessoa, independente de suas convicções políticas, sem que sofra perseguições pessoais por isso Na semana passada, através da secretária Regina Becker, o governo se manifestou publicamente em nota de repúdio às ameaças sofridas por Manuela e Laura.
