Meio Ambiente
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21 de outubro de 2023
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17:08

Governadores do Sul e Sudeste assinam tratado para recuperação da Mata Atlântica

Por
Sul 21
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Governadores assinaram tratado no encerramento de evento do Cosud |  Foto: Maurício Tonetto/Secom
Governadores assinaram tratado no encerramento de evento do Cosud | Foto: Maurício Tonetto/Secom

Governadores dos sete estados do Sul e do Sudeste firmaram neste sábado (21), o Tratado da Mata Atlântica, plano conjunto de metas ambientais em que se comprometem a plantar 100 milhões de mudas de espécies nativas em ações de reflorestamento nas duas regiões até 2026. A apresentação do acordo marcou o encerramento da nona reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), realizado em São Paulo.

O acordo prevê a restauração do bioma em uma área total de 90 mil hectares. O plantio das espécies levará em conta as particularidades de cada estado, além da criação de unidades de conservação e ampliação de programas de recuperação de nascentes e de regularização ambiental.

Em seu discurso de encerramento do evento, o governador Eduardo Leite (PSDB) ressaltou a importância de ações alinhadas à realidade atual de mudanças climáticas globais.

“Não é por acaso que o Cosud coloca um destaque em questões de sustentabilidade e de resiliência climática. Há uma preocupação de alinhar políticas públicas nas diversas frentes, nas questões climáticas, seja na agricultura, seja na saúde, na educação e na infraestrutura. O protocolo da Mata Atlântica que nós desenhamos trata desde plantio de mudas de árvores até a proteção de nascentes, a preservação das nossas bacias e o compartilhamento de dados, para que possamos ter melhor gestão. Esse acordo vai dar uma solução importante para a proteção das nossas regiões em relação ao aumento da temperatura”, disse.

Entre as outras principais propostas do tratado, os governadores apontam que os sete Estados (Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) criem corredores ecológicos terrestres e costeiro-marinhos e estabeleçam um plano integrado para o enfrentamento de eventos extremos, sobretudo relativos a chuvas e estiagens.

As administrações estaduais deverão intensificar a cooperação e o uso da tecnologia na fiscalização ambiental e no combate ao desmatamento ilegal. A criação de normas autorregulatórias para fomentar o mercado regional de créditos de carbono e reduzir as emissões de gases do efeito estufa também integra o plano de cooperação.


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