Meio Ambiente
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11 de janeiro de 2023
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15:28

Brasil apresenta Belém como candidata para sediar a COP30

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Sul 21
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Mercado Ver-o-Peso, o mais conhecido cartão postal de Belém. Foto: Augusto Miranda/Agência Pará
Mercado Ver-o-Peso, o mais conhecido cartão postal de Belém. Foto: Augusto Miranda/Agência Pará

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quarta-feira (11), a formalização da candidatura de Belém para sediar a COP30, em 2025. “Esperamos poder receber o maior evento climático do mundo em uma cidade parte da Amazônia brasileira”, disse, em seu perfil no Twitter. 

Num vídeo, acompanhado do governador do Pará, Helder Barbalho, o presidente lembrou ter assumido o compromisso no Egito, na COP27, de que a COP30 poderia ser realizada no Brasil. “Fiquei feliz quando nosso ministro [das Relações Exteriores] Mauro Vieira formalizou a cidade de Belém. Quero que a gente esteja lá para uma bela COP”, afirmou.

A decisão final sobre a cidade que vai sediar a conferência só deverá ser anunciada durante a COP28, no fim deste ano.

No mesmo vídeo, Barbalho destacou a importância e a dimensão de trazer a discussão sobre questões climáticas para o Brasil. “Belém, no estado do Pará, estará de portas abertas para debater a Amazônia, para discutir o clima no mundo, encontrar soluções e agradeço o gesto do governo federal para com Belém, o Pará e a Amazônia.”

Para o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, a realização da COP no Brasil seria um momento histórico para o País e para a agenda do clima. “Ocorrer na Amazônia é simbólico. Mas o meio ambiente não vive só de gestos bonitos. O Brasil é hoje o país que mais desmata florestas no mundo, e o Pará, o Estado que mais desmata na Amazônia. É fundamental chegar à COP30 com essa situação revertida”, destacou.

Se Belém for confirmada como a sede da COP30, será a primeira conferência do clima realizada no Brasil – e na Amazônia. No fim da gestão de Michel Temer, o País chegou a apresentar à ONU uma proposta para sediar a COP25 em 2019, mas o plano foi abortado com a eleição de Jair Bolsonaro.

Na ocasião, o então presidente eleito orientou seu futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo — que considera a crise do clima uma “ideologia criada pela esquerda” —, a retirar a oferta para realizar a COP. “Houve participação minha nessa decisão. Eu recomendei que evitasse a realização desse evento aqui no Brasil”, afirmou Bolsonaro em novembro de 2018.

Com informações da Agência Brasil


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