Internacional
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2 de setembro de 2022
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11:13

Cristina Kirchner escapa de atentado cometido por brasileiro em Buenos Aires

Por
Sul 21
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Autor do atentado, brasileiro foi preso por tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Imagem: Reprodução
Autor do atentado, brasileiro foi preso por tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Imagem: Reprodução

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, escapou ilesa de um atentado em frente a sua casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, na noite desta quinta-feira (1º). Após descer do carro e se aproximar de apoiadores reunidos no local, um brasileiro identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, conseguiu se aproximar de Cristina e disparou uma pistola Bersa 380 a poucos centímetros do seu rosto. A arma, entretanto, falhou e o tiro não foi dado.

Em março de 2021, Montiel foi detido pela polícia argentina por portar uma faca de 35 centímetros, no bairro de La Paternal, onde supostamente morava.

“Esse caso tem gravidade institucional. Atentou-se contra nossa vice-presidente e nossa paz social foi alterada. Afeta nossa democracia, nossa convivência sofre as consequências dos discursos de ódio”, afirmou horas depois o presidente da Argentina, Alberto Fernández, atribuindo o incidente a discursos de ódio que estimulam a  violência.

“A arma com cinco balas não disparou apesar de ter sido acionado o gatilho. Graças a isso Cristina continua com vida. Convoco a todos os argentinos a rejeitar qualquer forma de violência”, declarou Fernández.

O presidente determinou feriado nacional na Argentina nesta sexta-feira (2) como forma do povo “se solidarizar” com a vice-presidente.

A residência de Cristina tem atraído apoiadores e adversários da vice-presidente há mais de uma semana, desde de que o promotor Diego Luciani pediu uma pena de prisão de 12 anos para ela. A acusação é que Cristina teria comandado um esquema de corrupção no período em que foi presidente (2007-2015).

Ainda na noite de quinta, a oposição ao governo de Fernández e Cristina divulgou uma nota cobrando uma investigação urgente e condenando o ato de violência. Senadores e deputados chegaram a se reuniram no Parlamento para fazer uma foto como forma de mostrar união entre políticos peronistas e da oposição em solidariedade a Cristina — por seu cargo no governo, ela também é presidente do Senado.

No Brasil, candidatos à presidência da República, como Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) se manifestaram em solidariedade à vice-presidente argentina e condenaram o atentado. Até o momento, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), não se pronunciou.


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