No dia 5 de maio, o Guaíba atingiu o maior nível já registrado até hoje, 5,33 m. Pouco antes, em 2 de maio, a expectativa ainda era se alcançaria a marca de 4,75 m, registrada na até então maior enchente da Capital, de 1941. No dia 3, o recorde já havia sido superado e as água subiam rapidamente, sem medição, em meio a alertas de evacuação, ainda no início do caos que tomaria a região metropolitana de Porto Alegre. Na última madrugada, pela primeira vez desde o início do mês, o nível do Guaíba caiu a menos de 4 m. Na manhã desta quarta (22), registrava 3,91 m em medição na régua da Agência Nacional de Águas (ANA) localizada no Cais Mauá. A cota de alerta é de 2,5 m, e de inundação, 3 m.
Boletim divulgado nesta quarta pelo Instituto de Pesquisa Hidráulicas (IPH) da UFRGS indica cheia duradoura, com redução lenta no nível do Guaíba. “Pode ocorrer represamento do Guaíba pelo vento sul forte previsto para sexta-feira, causando nova elevação para perto dos 4 m”, diz o documento, que alerta ainda para chuvas durante a semana, que também poderão contribuir para prolongar a cheia acima de 3 m em junho.
Depois do pico no dia 5 de maio, o Guaíba iniciou uma recessão lenta entre 8 e 11 de maio. Na sequência, um repique o fez superar 5,2 m no dia 14. Apresentou redução lenta desde então, com episódios de represamento de até 10 cm pelo vento sul, e redução de cerca de 20 cm nas últimas 24 horas, reduzindo para abaixo da marca dos 4 m na terça-feira (21) às 23h30.
O IPH alerta que a principal preocupação do momento é como será a descida e duração em níveis elevados em função de possíveis chuvas e efeito do vento.
