Geral
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5 de maio de 2024
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09:09

Nível do Guaíba chega a 5,33 m na manhã de domingo

Por
Luís Gomes
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Cheia do Guaíba tomou área próxima ao Gasômetro, em Porto Alegre | Foto: Isabelle Rieger/Sul21
Cheia do Guaíba tomou área próxima ao Gasômetro, em Porto Alegre | Foto: Isabelle Rieger/Sul21

A medição oficial da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) apontou que, às 8h deste domingo (5), o nível do Guaíba no Cais Mauá, em Porto Alegre, estava em 5,33 m, maior nível já alcançado em sua história. Às 5h, a medição apontou que o nível estava em 5,31 m. Desde então, oscilou na faixa de 5,30 m, o que indica uma possível tendência de estabilidade.

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O nível do Guaíba subiu muito rapidamente nos últimos dias em razão das fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul desde o início da semana passada. Na tarde da quinta-feira (2), a cota de inundação no Cais Mauá, de 3 m. Na noite de sexta-feira (3), por volta das 21h, alcançou a marca de 4,77 m, batendo o recorde histórico de 1941, estimado entre 4,75 m e 4,76 m.

Ao longo do sábado, continuou subindo, superando a marca de 5 m pela manhã, mas em ritmo mais lento. Às 21h, estava em 5,21 m e, às 22h, chegou a 5,27 m. Após esse período, as medições começaram apresentar oscilações, ainda que o nível continuasse subindo.

A partir da manhã, os dados apontaram oscilações negativas. Na medição realizada às 9h, estava em 5,31 m. Às 10h, marcou 5,28 m.

 

Dados divulgados pela Sema na manhã deste domingo | Foto: Reprodução

De acordo com previsões elaboradas pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS) no sábado, cenários mais pessimistas apontavam que o nível do Guaíba poderia chegar a 5,5 m, enquanto o cenário mais moderado indicava estabilização ao redor de 5 m, cota que já foi superada.

O IPH indicava que, mesmo em caso de estabilização, o nível d’água deve se manter em torno dos 5 m por três dias — análise feito no sábado –, reduzindo gradativamente ainda dentro da cotada de inundação por uma semana. Contudo, a análise do IPH indica que o cenário é de grande incerteza e recomenda “todas as ações para a evacuação e proteção de vidas e remediação dos prejuízos nas áreas já impactadas e nas potencialmente impactadas de Porto Alegre e Região Metropolitana, não dando margem para situações de falhas nos sistemas de proteção”.

O IPH está divulgando um mapa das áreas atingidas na Região Metropolitana. Confira abaixo:


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