Geral
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8 de janeiro de 2024
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17:58

Usuários reclamam de pedras colocadas pela Prefeitura no Parque Marinha do Brasil

Por
Luciano Velleda
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Pedras grossas foram colocadas pela prefeitura no final do ano passado no parque Marinha do Brasil. Foto: Luciano Velleda/Sul21
Pedras grossas foram colocadas pela prefeitura no final do ano passado no parque Marinha do Brasil. Foto: Luciano Velleda/Sul21

As pedras grandes que a Prefeitura de Porto Alegre colocou em determinados pontos de passeio no Parque Marinha do Brasil têm gerado reclamações dos usuários do local. Chamado de “saibro de granulagem mais grossa” pelo governo municipal, o material é mais parecido com brita e não lembra o popular saibro das quadras de tênis.

Segundo a Secretaria de Serviços Urbanos (SMSUrb), as pedras serão usadas na manutenção dos passeios do Parque Marinha do Brasil, com o mesmo serviço a ser feito também nos parques da Redenção e Chico Mendes. Conforme o órgão, o trabalho é necessário por causa das fortes chuvas que atingiram a Capital nos últimos meses de 2023, o que teria afetado o piso dos parques.

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O plano da Prefeitura é colocar uma camada de brita mais fina por cima das pedras grossas, que servirão como base, para depois aplainar os trechos de circulação dos usuários dos parques. No caso do Marinha do Brasil, o saibro mais grosso já foi espalhado desde o final do ano passado. Na Redenção, o material começou a ser colocado nos últimos dias e também já começou a receber reclamações dos frequentadores.

“Após a aplicação do material será realizada a compactação nos três parques para o melhor nivelamento do solo. O serviço está em andamento, por isso alguns parques já estão com o material no local para facilitar a logística de execução. Com esse material, os técnicos da Secretaria acreditam que os passeios terão melhor drenagem e durabilidade”, explica a Secretaria de Serviços Urbanos.

Enquanto o trabalho não é concluído, frequentadores têm reclamado da situação. As queixas relatam desconforto para caminhar sobre as pedras grandes, dificuldade de passear com carrinhos de bebê e mesmo de bicicleta.

Funcionário da estação do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) localizada próxima ao estádio Beira-Rio, Francisco dos Santos Nunes atravessava de bicicleta e com dificuldade o trecho em frente a Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer, no parque Marinha, na tarde desta segunda-feira (8).

“Tá ruim mesmo. Patina, a bicicleta não sai do lugar, tem que fazer muita força. E tem que cuidar porque senão também escorrega. Tá ruim. Eles têm que passar uma máquina pra ajeitar”, reclamou, destacando que transita pelo parque diariamente.

Um dos pontos de reclamação é em frente a Secretaria Municipal de Esportes. Foto: Luciano Velleda/Sul21

No mesmo ponto do Marinha, Raquel Pereira, 31 anos, passeava com os dois filhos pequenos, o menino de 7 anos e a menina de 5, quando optou por desviar do chão de pedras e caminhar por cima da grama.

“Tá difícil. É uma pedra grande, parece caliça, e também suja muito. Os pés das crianças estavam ficando sujos e nós vamos no shopping. Em outros trechos é uma pedrinha fina, com areia, melhor pra caminhar. Essa aqui tá ruim”, afirmou, acrescentando que não é uma frequentadora tão assídua do parque Marinha do Brasil e que costuma passear pelo local em torno de três vezes por mês.

Ao ser informada de que a Prefeitura planeja cobrir as pedras grossas com um material mais fino, Raquel perguntou: “E quando será isso?”.

Questionada quando o serviço no parque Marinha será concluído, a Secretaria de Serviços Urbanos (SMSUrb) diz que não há prazo definido e que o trabalho depende das condições do tempo.

O órgão voltou a explicar que a primeira etapa está sendo colocar “saibro de granulação mais grossa” nos locais onde há acúmulo de água causando desníveis no piso. Na segunda etapa, diz a secretaria, os locais receberão então a camada de “saibro mais fina”. “Após a aplicação do material, será realizada a compactação para o melhor nivelamento do solo. Posteriormente, haverá nova vistoria para que esta ação que não ocorria há muitos anos seja mais eficiente e adequada aos usuários”, explica.

Pedras chamam atenção por serem grossas. Foto: Luciano Velleda/Sul21

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