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5 de julho de 2022
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17:06

Porto Alegre terá marcha contra a fome no próximo sábado (9)

Por
Sul 21
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Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas
Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas

Centrais sindicais e movimentos sociais realizam, no próximo sábado (9), a Marcha contra a Fome, a Miséria e o Desemprego, no Centro Histórico de Porto Alegre. A concentração terá início às 13h30, no Largo Glênio Peres, com saída para a caminhada às 14h30.

“Está tudo muito caro. O povo não aguenta mais. Os preços dos alimentos dispararam, assim como os preços da gasolina, do diesel, do gás de cozinha e da energia elétrica. Não é à toa que aumentou o número de pessoas pedindo comida nas cidades e morando em situação de rua”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Em 2022, mais da metade da população brasileira – 58,7% – vive com algum tipo de insegurança alimentar. O número de pessoas passando fome passou de 19 milhões para 33,1 milhões de pessoas em pouco mais de um ano. Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). A pesquisa mostra que Brasil regrediu para um patamar de insegurança alimentar equivalente ao da década de 1990.

“É inaceitável que toda essa gente se encontre passando imensas dificuldades, sobrevivendo com insegurança alimentar, enquanto o Brasil produz toneladas de alimentos para exportação”, destaca o dirigente da CUT-RS.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados na última quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que o desemprego atingiu 10,6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras no trimestre encerrado em maio. Há ainda cerca de 4,3 milhões de brasileiros que desistiram de procurar emprego. São os desalentados.

Além disso, 39,1 milhões são trabalhadores informais, sem carteira assinada e sem direitos. Isso significa, segundo o Dieese, que, a cada 10 pessoas, cerca de 4 estão na informalidade.

“Temos que tomar as ruas para bater as panelas vazias e utilizar as redes sociais para protestar contra a fome, a miséria e o desemprego. O povo brasileiro precisa levantar a sua voz para exigir respeito e vida digna”, defende o presidente da CUT-RS.


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